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No último sábado, dia 29, foi realizado o Congresso do PSOL de Salvador. O encontro aprovou tese e orientações políticas sobre a situação de Salvador e da Bahia e elegeu o Diretório e a Executiva municipal, além da Comissão de Ética e do Conselho Fiscal.
O novo presidente eleito é Hamilton Assis, que também é membro do Diretório Nacional do partido e militante dos movimentos negro e sindical. Em seu pronunciamento, Hamilton Assis criticou a "destruição de Salvador pelo prefeito João Henrique, loteando a cidade entre grandes empresários, sucateando a saúde e a educação" e afirmando que o objetivo das resoluções do congresso é "construir uma cultura partidária que aprofunde o conhecimento da realidade de Salvador e da Bahia e contribua para que as nossas propostas estejam em consonância com a luta das massas".
Ressaltou "o rico processo dos debates preparatórios e o objetivo do PSOL de continuar a trajetória histórica de resistência do povo baiano com projeto programático consistente". Declarou ainda que "continua muito atual a palavra de ordem lançada por Hilton Coelho em sua campanha para prefeito de Salvador em 2008: Chega de vender nossa cidade!"
Hilton Coelho, pré-candidato a deputado estadual, ressaltou a importância da campanha de Plínio Sampaio a presidente da República pelo PSOL "enfrentando o pagamento da Dívida Pública que carreia bilhões de reais todos os meses para os banqueiros enquanto não se faz nem reforma agrária, nem a urbana, nem a moradia popular e aumenta a concentração de terras no campo e na cidade".
E ironizou o candidato do DEM, Paulo Souto que, "depois de destruir a Bahia vem falar da necessidade de um projeto para o estado", acrescentando que ele só pode falar nisso, porque "o Governo Wagner é a continuidade da falta de um projeto popular para a Bahia".
USINA NUCLEAR
O pré-candidato a governador do PSOL, Marcos Mendes, destacou a "luta ambientalista do partido, como, por exemplo, contra a transposição do Rio São Francisco e a absurda Usina Nuclear que Wagner pretende colocar na Bahia". Criticou ainda o governo do PT por "repetir a prática carlista de grandes obras em detrimento da saúde e da educação que estão sendo privatizadas e sucateadas".
Luiz Carlos França, pré-candidato do PSOL ao Senado, afirmou que "está na hora de colocar o PSOL na rua e mostrar que nem o DEM, nem o PMDB, nem o PT tem compromissos reais com os trabalhadores". O Congresso foi realizado num clima de animação com o crescimento que o partido vem obtendo em Salvador e na Bahia, fortalecendo sua relação com os movimentos sociais autênticos e combativos. O Congresso foi dedicado à resistência dos índios Tupinambás da Bahia que com
eçou após a ocupação de seus territórios pelos portugueses e ainda continua hoje, como ficou claro com a prisão injusta e ilegal do Cacique Tupinambá Babau, pela Polícia Federal e sua transferência para o Rio Grande do Norte. O outro homenageado foi o comunista baiano Mário Alves, que foi dirigente do PCB e do PCBR, assassinado pela ditadura militar, sob tortura, há 40 anos