Política

SENADOR REVELA QUE BUROCRATAS DA FAZENDA SÃO CONTRA LAVOURA DO CACAU

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| 27/05/2010 às 16:25
O senador César Borges (PR-BA) acusou hoje (27) os "burocratas" do Ministério da Fazenda de trabalharem contra a lavoura cacaueira e de estarem por trás das dificuldades na votação das emendas do PAC do Cacau na Câmara dos Deputados, no dia 19 passado. O senador citou nominalmente um assessor do ministério como exemplo.

"Esses burocratas do Ministério da Fazenda, um chamado Gilson Bittencourt, estão sempre contra a lavoura do cacau, e até mesmo o Ministro Mantega eu digo aqui, publicamente, não tem sensibilidade para a questão", afirmou. Ele lembrou que o presidente Lula já cobrou desse ministro uma solução para o problema do PAC do Cacau.

Para o senador, o vazamento de notícias falsas sobre a votação das emendas do PAC do Cacau, associando ao Senado e a César Borges uma decisão que foi tomada na Câmara dos Deputados, busca criar um impasse para dificultar novos benefícios que realmente façam o PAC do Cacau funcionar. "Queremos é que esse PAC ande e que a sensibilidade do Presidente Lula impeça que esses burocratas do Ministério da Fazenda vetem o que foi aprovado pelo Senado, tanto a Emenda nº 15 como a Emenda nº 52, que farão parte das medidas provisórias aprovadas nesta Casa e na Câmara", afirmou. Ele disse confiar que a Câmara dos Deputados possa incluir a Emenda nº 15 em outra medida provisória.

César Borges lembrou que lutou no Senado para incorporar na votação da MP nº 472, uma emenda sua incluindo mais 1.300 produtores no PAC do Cacau, que seria somada com o que foi aceito pelo governo e apresentada pelo relator da MP, o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

"Na Câmara dos Deputados, por algum tipo de obstáculo regimental, o Relator entendeu que só poderia ser aprovada ou a emenda do Relator Romero Jucá ou a minha", explicou. O senador disse que os deputados optaram por aprovar a emenda de sua autoria porque era mais ampla e incluía 25% da área plantada de cacau da região, deixando a emenda do governo, considerada mais simples, para entra na próxima medida provisória.