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O presidente estadual do Democratas, Paulo Souto, lança o projeto "Soluções
- A Bahia como a gente quer" hoje (25/05), à noite, em Teixeira de Freitas.
A iniciativa, que será repetida em outras cidades, vai reunir lideranças
empresariais e da sociedade civil para a apresentação das demandas
regionais, que serão incorporadas durante a elaboração do programa de
governo.
A questão da violência, que vem afligindo a população local, não esperou
para ser tratada no evento. Veio à tona na entrevista que o ex-governador
concedeu à Rádio Caraípe, no início da tarde. A cidade não foge à regra da
violência que se alastra por todo o estado.
Na entrevista, o ex-governador apresentou dados oficiais, que revelam um
crescimento de 91,6% na taxa média de homicídios entre os períodos de
2003/2006 e 2007/2009. "Teixeira de Freitas que tinha uma média anual de 28
assassinatos por ano até 2006, agora a média pulou para 54".
Segundo Souto, a cidade do Extremo Sul segue a tendência da Bahia onde
atualmente ocorrem mais homicídios do que em São Paulo, apesar de a
população baiana ser bem menor que a paulista. "São mais de 14 mil mortes
violentas de baianos em 3,5 anos do atual governo, que não tem demonstrado
vontade política de resolver o grave problema da segurança pública em nosso
estado".
Acompanhado dos ex-prefeitos José Ronaldo, de Feira de Santana, e Nilo
Coelho, de Guanambi, além do presidente estadual do PSDB, Antonio
Imbasasahy, e do deputado estadual Carlos Gaban (DEM), o ex-governador
voltou a criticar a passividade do governador Wagner com relação ao projeto
de concessão, elaborado pelo Ministério dos Transportes, para a duplicação
da BR-101 Sul.
"A expectativa inicial era que a concessão da rodovia federal abrangesse o
trecho do Rio de Janeiro, atravessasse o Espírito Santo e chegasse até o
entroncamento da BR-324, em Feira, beneficiando Teixeira de Freitas e todo o
Extremo Sul, além da Região Cacaueira e do Recôncavo", destacou Souto.
Mas, para o ex-governador, infelizmente, mais uma vez a Bahia foi preterida
e o atual governo estadual não defendeu com veemência os interesses baianos.
Segundo ele, a limitação do trecho até Mucuri teria sido resultado da
pressão do governo e de empresários capixabas, pois o aumento da extensão do
trecho do alargamento da pista incorreria num valor mais alto do pedágio,
devido à necessidade de mais investimentos da futura concessionária.