O vereador Alan Castro (PTN), em discurso na sessão ordinária de ontem criticou a situação da saúde em Salvador. O membro da nova bancada independente chamou atenção para um exame de alta complexidade, a cintilografia miocárdica, que só está sendo agendado pelas instituições conveniadas ao SUS a partir de abril. Como o exame só é realizado aproximadamente 60 dias após a marcação, pacientes em estado grave têm que esperar, no mínimo, quatro meses para ser atendidos.
Segundo o vereador, uma consulta rápida nos estabelecimentos de saúde constatou que a população mais pobre da cidade, que se encontra em situação grave, tem a alternativa de pagar a quantia de R$ 1.316,00 (Hum mil trezentos e dezesseis reais).
"É latente que se trata de um ato de discriminação com o povo pobre da nossa cidade. Não há razões que justifiquem tal prática. É preciso que o senhor secretário de saúde se pronuncie sobre este fato", afirmou.
O vereador frisou que espera contar com os demais vereadores para ajudar a resolver o problema da saúde na cidade e lembrou que não é uma questão partidária.
"É uma atitude humanitária. Temos que construir, reformar e ampliar postos de saúde, mas é preciso ir mais além. É necessário apresentar à sociedade soteropolitana uma proposta sistêmica de atenção à saúde, em especial à população carente. É preciso dizer ao povo como foi aplicada a quantia de R$ 1, 39 bilhões destinados em 2009 á área da saúde", finalizou Alan Castro.