O deputado estadual Paulo Câmera (PDT) em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 24, disse que não aceita e não admite os termos utilizados pelo líder do PT na Casa, Paulo Rangel, ao comentar sua atitude em postura repressiva só porque citou que os deputados do PT não assinaram a PEC que propõe modificar a Constituição Estadual para instalar uma usina nuclear na Bahia, um desejo do governador Jaques Wagner.

  Paulo Rangel, ontem, disse que a citação de Câmera era inadmissível e este "não poderia ser mais fiel ao governador do que o Partido dos Trabalhadores". Segundo o líder, "o PT ainda separa o governo do partido" e Câmera poderia "ter agradecido àqueles que assinaram a PEC respeitando aqueles que não assinaram e sem nenhum ciúme".

  E mais disse Rangel: "O governador Jaques Wagner é um patrimônio do PT e nós comemos sal e poeira com ele a vida inteira. Então, acho que ser aliado, tudo bem. Agora, o aliado não pode desrespeitar aqueles que, originalmente, deram vida a um projeto" considerando essa atitude de Câmera um "equívoco".  

  De acordo com Câmera, não houve equívoco algum, muito menos ciúme, e Rangel além de ter sido "grosseiro me sinto envergonhado de ter um líder partidário respondendo às pessoas dessa forma".
 
   Ainda de acordo com Câmera, a política na Bahia mudou e o líder do PT ainda não entendeu essa mudança, "pois, um líder de partido que diz isso de um aliado não cabimento".

  "Essa linguagem rasteira, chã, chula, desse jovem deputado (não citou o nome de Rangel em momento algum de sua fala) não aceito e não admito".   

   Ao BJá o deputado Paulo Câmera comentou que a PEC é do dia 18 de novembro, contém 24 assinaturas de deputados, "mas, em face das circunstâncias de fim de ano eu dei entrada nela agora, simbolicamente, no dia de abertura dos trabalhos legislativos".

  Segundo Câmera se está havendo algum ciúme no âmbito político de apresentação da PEC não é de sua parte e ele quer debater o assunto e vai fazê-lo.