Política

INTEGRANTES DO DIRETÓRIO DO PT EM SALINAS CONDENAM ABUSO DE PODER

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| 03/12/2009 às 11:47
  Em audiência pública realizada pela Comissão Especial de Promoção da Igualdade da Assembleia Legislativa (CEPI), na última terça-feira (01), integrantes dos diretórios do PT de Salinas da Margarida, Nazaré das Farinhas e região denunciaram sofrer perseguição política, discriminação e abuso de poder. O encontro teve como tema A sociedade civil e o contexto étnico, político e ideológico.


O representante do Diretório do PT de Salinas da Margarida, Joselito Carneiro, ressaltou que esse sofrimento surgiu a mais ou menos 12 anos, variando entre demissões, desapropriações, discriminações e até violências físicas. Os militantes petistas acusam os gestores desses municípios de promoverem - com a suposta cumplicidade da juíza Etelvina Maria Santos Silva Cardoso, da comarca de Nazaré das Farinhas, que atende a região - desapropriações para atingir adversários políticos.


O prefeito de Salinas, Wilson Ribeiro Pedreira, foi convidado pelo presidente da comissão, deputado Bira Corôa (PT), para participar da audiência, mas não compareceu e nem mandou representantes.


DESAPROPRIAÇÃO

Um dos casos relatados na audiência foi da integrante do diretório do PT de Salinas da Margarida, Creuza Santos. Segundo o advogado dela, Alberto Passos, Creuza vem há anos lutando na Justiça contra uma ação de desapropriação de sua casa feita pela prefeitura local. Passos assegura que a ação foi motivada pelo fato dela pertencer a uma família contrária a base de sustentação política do prefeito.

Ainda de acordo com Alberto Passos, a maioria das pessoas perseguidas na região é filiada ao Partido dos Trabalhadores ou possui uma opinião divergente a do prefeito. "Esperamos mobilizar o aparato estatal em busca de justiça e igualdade social nesses municípios", colocou o advogado.


Outro caso de perseguição foi relatado pela militante Rose Caetano que, ao se filiar ao PT, teria sido despejada de seu restaurante. Mesmo depois disso, contou ela na audiência, a perseguição continuou. "Hoje, os servidores da prefeitura são proibidos de freqüentar o meu novo restaurante que construí na casa de minha irmã", relatou Rose.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Getúlio Bezerra, a justiça tem funcionado para favorecer a prefeitura e suas ações. Para o representante de Jaguaripe e região do recôncavo, Hypólito, é preciso repudiar a atitude desses administradores a fim de fazer valer o direito de justiça de qualquer cidadão independente da escolha política.