Política

DEBOCHE NA CÂMARA DE SALVADOR AO DISCUTIR BLOCO "AS KENGAS"

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| 02/12/2009 às 22:28
 Quarenta contra um. As atitudes de Alcindo da Anunciação (PSL) na sessão ordinária desta quarta-feira (2) irritaram os outros quarenta vereadores que queriam ver seus projetos aprovados. Alcindo discutiu projetos considerados não-polêmicos e emperrou a sessão. Dr. Pitangueira (PRB), Sidelvan Nóbrega (PRB) e Téo Senna (PTC) foram os mais insatisfeitos.


     Apenas sete projetos da Ordem do Dia foram votados e aprovados hoje. Alcindo discutia todos os projetos por vinte minutos e atrasava a votação dos projetos. Os vereadores foram perdendo a paciência, aos poucos.


    Primeiro, foi o vereador Téo Senna tentou resolver a situação de maneira amigável e pediu bom senso ao vereador que estava dificultando as aprovações dos projetos. "Não é possível que essa situação continue acontecendo. É um total desrespeito com todos os vereadores que querem aprovar projetos de utilidade pública. Não condiz com todo o seu histórico", declarou Senna se referindo ao vereador Alcindo.

    
Gilberto José (PDT), também expressou sua opinião. Embora reconhecendo que Alcindo estava agindo de acordo com o regimento, "no momento em que ele está desobedecendo ao acordo que foi feito entre as lideranças, está desvalorizando o acordo feito pelo colégio de líderes".

Gargalhada


     Quando o presidente da Câmara Municipal, Alan Sanches (PMDB), anunciou que o próximo projeto a ser discutido seria o que concede utilidade pública municipal ao Bloco Carnavalesco As Kengas, de autoria do vereador Odiosvaldo Vigas, Alcindo Anunciação teve uma crise de riso. "Não faça isso comigo não, presidente. Discutir As Kengas é muito pra mim", falou chorando de tanto rir.


     A atitude de Alcindo foi considerada um deboche por muitos vereadores. Dr. Pitangueira criticou a postura de Anunciação. "Acho um desrespeito contra o Carnaval de Salvador e contra a Câmara Municipal de Salvador. Ele está desvalorizando o bloco As Kengas e desmoralizando a Casa", reclamou.


   Depois que Alcindo ‘deu um tempo' e alguns projetos foram aprovados, a sessão acabou quando Alcindo decidiu retomar a oratória. Os vereadores, insatisfeitos, saíram do Plenário Cosme de Farias e a sessão acabou por falta de quórum.