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Deputado Heraldo Rocha e Carlos Martins, nos extremos da mesa, e o bate-boca
Foto: BJÁ
O secretário da Fazenda do Estado, Carlos Martins, durante a audiência pública na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa realizada nesta quarta-feira, 7, para apresentar as contas públicas do 1º quadrimestre de 2009, em bate-boca, desafiou o líder da oposição, deputado Heraldo Rocha, DEM, para entrar na Justiça se realmente quer saber quais os deputados que o perseguem por não ter permitido anistia fiscal.
Essa foi a discussão mais tensa ocorrida no plenarinho, uma vez que, questionado por Rocha sobre citações a depuados, as quais, considera deselegantes e despropositais, "porque não revela nomes", e também se o secretário sabia qual o montante da dívida do Estado com prestadores de serviços, Martins revelou que, o deputado deveria procurar a Justiça. Mas, não adiantou se através da decisão judicial diria quais são esses deputados.
Martins, mais vez e sem citar nomes de deputados da oposição, disse que na Assembleia existem alguns deles que desmerecem a equipe técnica da SEFAZ, sem exatamente saber o que estão falando. Segundo Martins, os profissionais da SEFAZ são do mais alto nível profissional e não servem a este ou aquele governo. Mas, ao Estado da Bahia.
Para o deputado Gaban, DEM, presente na sessão, essa nova acusação do secretário Carlos Martins "é desrespeitosa a oposição e a Assembleia", pois, no seu entendimento, os deputados da oposição sempre têm situado que o problema da SEFAZ não está na competência técnica da equipe da Casa, e sim, na atual gestão comandada por Martins.
LIDER CONTEMPORIZA
Sem entrar no mérito dessa polêmica, o líder do Governo, deputado Waldenor Pereira (PT) parabenizou Martins por sua apresentação e disse que as contas do Estado estão sob controle e tendem a melhorar, como indica a leve recuperação da arrecadação a partir do mês de maio, apesar da crise financeira internacional que se repercute no mundo inteiro, como também no Brasil e na Bahia.
Pereira afirmou que o resultado do quadrimestre comprova que "foram acertadas as medidas adotadas pelo Governo Wagner para enfrentar a crise internacional". Ele inclusive listou as medidas citadas: "a instituição do parcelamento do pagamento de ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços-, a disponibilização de R$ 100 milhões através do Desenbahia para ajudar os segmentos mais afetados pela crise e a desoneração tributária de setores como o naval, produção de calçados, siderurgia".