Para o ministro, é importante conhecer bem o estado e seus municípios, especialmente os mais pobres e mais distantes. "A Bahia é um estado que possui metade do seu território na região do semi-árido. Precisa de um programa imediato para estimular a açudagem, o barramento e a perenização dos rios de forma a estimular o desenvolvimento", disse.
Segundo ele, o Ministério da Integração vem ampliando o trabalho de identificação das vocações regionais e invistindo nelas. Santa Luz, por exemplo, cuja economia se sustenta no sisal e na produção de pedras, já teve uma área plantada em torno de 300 mil hectares. "Hoje, infelizmente, está reduzida à metade", informou Geddel. Ele frisa que o município precisa do apoio do Estado para recuperar a produção do sisal.
POLITICAS REGIONAIS
O ministro cita também Itapetinga, cuja região tem uma grande vocação para a produção de leite: "A região é uma bacia leiteira importante. Mas, além do que já está instalado ali, como a fábrica Valedourado e outras cooperativas, é preciso que exista uma política voltada para a região. A agricultura não pode se expandir, quando o problema de assistência técnica da extensão rural deixa de ser prioridade".
Geddel afirmou que a Embrapa é um dos grandes centros de excelência do Brasil. "É preciso que se faça uma vinculação maior entre a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA) e a Embrapa na disseminação de técnicas que criem condições para investimento em insumos". Para o ministro, outras áreas - como a industrial, o turismo e o comércio - também devem ser estimuladas pelo governo, mas precisa levar em conta o que já foi feito e criar novos vetores inclusive o de desenvolvimento industrial propiciado com a vinda da Ford.
"Acho que o governo tem que acelerar os contatos com a Ford, lutar pela renovação de incentivos, lutar para dobrar a cadeia produtiva. O estado tem condições de criar uma base para a industrialização que pode crescer mais se nós voltarmos a investir maciçamente na questão da infra-estrutura", acrescentou.