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Maria Luiza fez críticas A Tarde, André Curvelo, Imbassahy, Wagner e Walter Pinheiro
Foto: BJá
Em defesa de Salvador e do prefeito João Henrique (PMDB), sua esposa e deputada Maria Luiza (sem partido) afirmou na tribuna da Assembléia Legislativa na tarde desta segunda-feira, 8, que, só "resta aos baianos sonhar, porque a Copa do Mundo, com certeza dificilmente acontecerá na Bahia se permanecer o mesmo governo".
Em pronunciamento escrito, a deputada situou que a "esperança está em 2010, é na mudança que precisamos pensar desde já ou não haverá mais tempo para salvar o nosso Estado e a Copa Brasileira na Bahia".
Sem o líder da maioria presente, sem nenhum deputado do PT no plenário, a sessão acabou caindo por pedido de verificação de quórum do deputado Gilberto Brito, PR.
A deputada, no entanto, usou o pequeno expediente para desabafar citando artigo de Olavo de Carvalho, O Globo do último dia 5, para rebater uma matéria publicada em A Tarde sobre o Metrô, no último domingo, comentando que "prevaleceu o poder individual, em deterimento do poder coletivo na produção jornalística, comprometendo a imagem pessoal daquele que se desejava atingir, o prefeito João Henrique".
Maria Luiza comentou, ainda, que não estava fazendo qualquer tipo de apologia "e sim a defesa de uma acusação ou indução de responsabilidade, por fatos ocorridos em 1999, ou seja, a gestão referida às acusações sequer foi ouvida ou mencionada". Aos deputados, repetindo mais de uma vez, disse que "o prefeito à época era o senhor Imbassahy e o mesmo sequer foi citado".
Aos jornalistas, a deputada frisou que estava apenas "lendo a história, sem pretensão ou intenção de fazer juizo de valor" e classificou a resposta da Secretaria de Comunicação da Prefeitura como "péssima" como "se João fosse o culpado e não quisesse falar sobre o assunto".
Segundo Maria Luiza se o secretário André Curvelo estivesse sintonizado com a Prefeitura "não deveria ter dado uma declaração dessas". Ainda de acordo com a deputada, "não se pode falar sobre o que não se conhece. Agora, dizer que o prefeito não quer falar sobre o assunto parecendo que ele é culpado é outra coisa", frisou indignada.
CRÍTICAS A WAGNER
E A WALTER PINHEIRO
Na tribuna, a deputada questionou: "Mas, o que estaria por trás disso?". E respondeu: "Interesses políticos do governo amigo, sim porque sabemos que o Estado, a ideologia e a política fazem parte da superestrutura de intervenção, quer refletindo a verdade ou atingindo a imagem pessoal de outrem".
Segundo a deputada, tudo é lastimável "porque o que deveria gerar informação e sugerir respostas aos cidadãos, serve à grupos de interesses pessoais".
Entende a deputada que, durante os últimos tempos, "usam covardademente o nome do prefeito João Henrique, distorcem, insinuam e até inventam, faltam com a verdade, com assuntos intencionalmente maldosos".
Sobre o Metrô destacou que "a lógica é que os culpados pelos atos ilícitos sejam claramente apontados e judicialmente responsabilizados. Contudo, preferem sacrificar a atual geração e a atual gestão, injustamente".
Para a deputada é lastimável "para uma obra que só resta 3% para sua finalização, enquanto um processo poderia ser instalado para punir os culpados. Desejo tanto quanto qualquer cidadão que os fatos sejam apurados".
Maria Luiza disse que está clamando por justiça porque a cidade do Salvador possui um prefeito "sério, honesto, humano e ético. Sei que responsabilidade e compromissos são qualidades profissionais e garanto que ele nada tem a temer".
Por fim, completou: "Enquanto o secretário estadual ainda deseja ser o prefeito, o governo só pensa em política, os trens se corroem nos pátios, uma fortuna de quase meio bilhão de reais está sendo jogada ao vento e na maresia das cabeças que, até pouco tempo, participavam, opinavam, decidiam e até traiam a cidade do Salvador".