Eu não acredito que um ministro do presidente Lula tenha vindo à Bahia para chancelar uma aliança em 2010 que significa a construção do palanque de Serra no estado", afirmou o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, sobre as informações repercutidas após o primeiro encontro estadual do PR, ocorrido ontem em Salvador, com a participação do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento.

Também surpreenderam o dirigente as falas sobre essa suposta aliança no mesmo momento em que se comemora o recorde de aprovação do Governo Lula e o crescimento da candidatura da ministra Dilma Rousseff, reiterado pelas recentes pesquisas Datafolha e CNT/Sensus. "Estranho que alguém da base do presidente Lula diga que o caminho natural é o palanque de Serra", disse.

Sobre as críticas do senador César Borges de que a Bahia vive um momento de infelicidade em relação à administração do governo, Jonas Paulo dispara: "Hoje a Bahia respira um outro ar, de democracia, de liberdade, cidadania e inclusão social. Infeliz foi suportar, por quatro décadas, as maiores taxas de analfabetismo, o desmonte e privatização da saúde pública, o sucateamento das estradas, a privatização do Baneb e da Coelba, o arrocho salarial dos funcionários, a mordaça nos poderes constituídos e na imprensa, e ainda assistir a polícia militar invadir, com bombas, armas e cacetetes, a UFBA para reprimir estudantes".

Segundo o petista, no encontro de ontem, quem acusou que o Governo do Estado faliu as finanças desconhece o que é transparência e tenta vender o passado como "o futuro da Bahia". "Trata-se de declaração de um deputado neófito em fiscalização de contas públicas, até porque o governo passado não lhe garantia sequer a senha, que dirá o acesso às contas", concluiu.