Uma questão que foi levantada tanto pelo ex-secretário municipal de Transportes, Ivan Barbosa, quanto pelos representantes do movimento pelo metrô de Salvador, foi a importância de uma maior participação do governo federal para que as obras possam transcorrer com menos burocracia.
"O governo prejudicou Salvador duplamente. Além de cortar grande parte da verba que seria destinada às obras, ainda pressionou a prefeitura para assumir a administração dos trens do subúrbio", opinou Joceval Tibúrcio, líder do Movimento pelo Metrô.
MELHOR MOMENTO
Para a vereadora Aladilce Souza (PC do B), não são apenas as questões burocráticas que fazem a execução das obras não fluir de maneira satisfatória. "Outros problemas como, por exemplo, o de superfaturamento das obras, foram apontados pela União", afirmou a comunista.
Jorge Halla, sobre as críticas feitas ao projeto, se posicionou de maneira incisiva. "Estamos falando de 6 km de um projeto de 41 Km. Dizer que esse metrô é calça-curta é complicado. Temos que subir degrau por degrau. O metrô vive hoje o seu melhor momento", declarou.
Apesar de discordar do `melhor momento´ citado por Alan, o representante da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), Hebert Mota, ressaltou a importância das obras já terem data definida para a conclusão. "Não é exatamente o melhor momento, mas quando uma construtora assume um compromisso público de finalizar o trabalho dentro de um prazo estipulado já se deu um passo muito grande", frisou.
Fazendo um balanço da audiência pública, Tibúrcio criticou a explanação dos convidados. "Nós queremos saídas para resolvermos esses problemas. Eles chegam cheios de explicações técnicas, mas não dão nenhuma resposta objetiva. Alguém falou do impacto que o metrô trará para o trânsito de Salvador?", questionou o líder do movimento em prol do metrô. (Marivaldo Filho, repórter)