Não vamos permitir que se instale um clima de instabilidade política alimentado por ilações que encobrem interesses escusos. O que precisa ficar claro é o que se pretende com essas insinuações, aonde se quer chegar", afirmou o presidente do Diretório Estadual do PT na Bahia, Jonas Paulo, que, ontem, emitiu nota pública contestando informações envolvendo o nome da Petrobras e de dirigentes da empresa filiados ao partido.

Jonas Paulo citou, de memória, pelo menos cinco municípios administrados por outros partidos que receberam ajuda da estatal, negando que haja favorecimento político para prefeituras do PT: "Isso é uma fantasia. A empresa patrocinou Santo Antônio de Jesus, governada por Euvaldo Rosa, do DEM; Itapetinga, nos quatro anos de governo de Michel Hage, do PMDB; Macaúbas, quando governada pelo DEM; Bom Jesus da Lapa; Cachoeira...".

Ele lembra ainda que a empresa ST Estruturas, citada como suposta beneficiária nas conjecturas publicadas, além de negar qualquer relação com dirigentes da Petrobras, lista, inclusive, prefeitura do DEM como sua cliente. "As relações institucionais dos órgãos do governo com as prefeituras, inclusive a Petrobras, sempre se pautaram pelo republicanismo. Acusação sem fundamento e prova é tentativa vil de macular a imagem do nosso partido. A nossa marca e do nosso Governo é o compromisso absoluto com a transparência", disse o presidente do PT.

As insinuações recentes podem ter nascedouro em questões menores, desconfia o petista. "O fato de a Petrobras ser dirigida brilhantemente por um baiano, apontado como um dos maiores executivos do mundo, cria essa tensão em planos futuros de outras figuras no estado. Posso garantir que José Sérgio Gabrielli não é candidato à nada, continuará à frente da nossa gigante brasileira", avisa Jonas Paulo.