"Ao atingir o presidente, de uma forma que não condiz com a verdade, o jornal atinge todos os vereadores. Isto é ruim para a democracia, porque os leitores ficam com uma idéia errada dos seus representantes. Notícias inverídicas como a publicada revelam uma linha sensacionalista que não combina com um veículo com tantos bons serviços prestados à população, como é o A Tarde", enfatizou Téo Senna.
É consenso entre os vereadores de que a briga se tornou pessoal entre a jornalista Patrícia França e o presidente Alan Sanches, com o jornalismo ficando em segundo plano. Hoje, de fato, A Tarde extrapolou na medida em que colocou como ganhos pessoais do presidente as verbas do gabinete previstas no Regimento da Casa.
"Fico pensando na esposa de Alan quando viu a matéria e descobriu que ele recebe R$ 64 mil. Penso nos mais de 15 mil eleitores que votaram nele. Esse tipo de informação é mentirosa e nazista. Não ficaremos reféns da imprensa por causa de brigas pessoais", disse Senna.
O vereador Isnard Araújo (PR) concordou com Téo Senna. Para ele, a transparência que é cobrada pela imprensa tem que ser cobrada de todos os outros setores, inclusive da própria imprensa, de informar sem deturpar.
Outra que demonstrou insatisfação com as matérias públicas foi a vereadora líder da oposição, Aladilce Souza (PC do B). "Alan Sanches herdou um sistema de remuneração e pontuação e não pode ser responsabilizado", declarou a comunista. "É um equívoco personalizara cobertura jornalística", comenta a vereadora arguindo que a repórter Patrícia França "levou a questão para o lado pessoa, o que é um erro".
As publicações somente das ações negativas e duvidosas foi destaca pela vereadora Vânia Galvão (PT). "Nós não podemos ser taxados pela imprensa como meliantes ou bandidos. As audiências públicas e o trabalho dos vereadores infelizmente não são publicados", esbravejou.
Aladilce enfatizou, ainda, que "o presidente Alan herdou o sistema atual de pontuação, todos sabem disso. Além disso, nós prestamos as informações ao Ministério Público e à própria imprensa. A transparência é total, a divulgação é feita a todos os setores da sociedade, então não há razão para deturpar informações no sentido de atingir uma pessoa".