Política

A TARDE EXAGERA COM PRESIDENTE DA CÂMARA E VEREADORES PROTESTAM

Vide
| 15/04/2009 às 17:23
A Tarde contabilizou ganhos pessoais com verba de gabinete e agrediu Sanches
Foto: Foto: BJá
   (Por Marivaldo Filho, repórter)

   A partir de um discurso do vereador Téo Senna (PTC), na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira, 16, vários vereadores explicitaram sua indignação contra a chamada de capa do jornal A Tarde ("Sanches recebe R$ 64 mil"). Para os vereadores o teor do texto não dá sustentação à chamada, o que evidencia a intenção deliberada de desinformar a população, atingindo a Câmara injustamente.


  "Ao atingir o presidente, de uma forma que não condiz com a verdade, o jornal atinge todos os vereadores. Isto é ruim para a democracia, porque os leitores ficam com uma idéia errada dos seus representantes. Notícias inverídicas como a publicada revelam uma linha sensacionalista que não combina com um veículo com tantos bons serviços prestados à população, como é o A Tarde", enfatizou Téo Senna.

 É consenso entre os vereadores de que a briga se tornou pessoal entre a jornalista Patrícia França e o presidente Alan Sanches, com o jornalismo ficando em segundo plano. Hoje, de fato, A Tarde extrapolou na medida em que colocou como ganhos pessoais do presidente as verbas do gabinete previstas no Regimento da Casa.

   "Fico pensando na esposa de Alan quando viu a matéria e descobriu que ele recebe R$ 64 mil. Penso nos mais de 15 mil eleitores que votaram nele. Esse tipo de informação é mentirosa e nazista. Não ficaremos reféns da imprensa por causa de brigas pessoais", disse Senna.

     O vereador Isnard Araújo (PR) concordou com Téo Senna. Para ele, a transparência que é cobrada pela imprensa tem que ser cobrada de todos os outros setores, inclusive da própria imprensa, de informar sem deturpar.

     Outra que demonstrou insatisfação com as matérias públicas foi a vereadora líder da oposição, Aladilce Souza (PC do B). "Alan Sanches herdou um sistema de remuneração e pontuação e não pode ser responsabilizado", declarou a comunista. "É um equívoco personalizara cobertura jornalística", comenta a vereadora arguindo que a repórter Patrícia França "levou a questão para o lado pessoa, o que é um erro".


     As publicações somente das ações negativas e duvidosas foi destaca pela vereadora Vânia Galvão (PT). "Nós não podemos ser taxados pela imprensa como meliantes ou bandidos. As audiências públicas e o trabalho dos vereadores infelizmente não são publicados", esbravejou.


  Aladilce enfatizou, ainda, que "o presidente Alan herdou o sistema atual de pontuação, todos sabem disso. Além disso, nós prestamos as informações ao Ministério Público e à própria imprensa. A transparência é total, a divulgação é feita a todos os setores da sociedade, então não há razão para deturpar informações no sentido de atingir uma pessoa".