Para se ter uma idéia do problema, Antonio Júnior conta que a queda no repasse do FPM de março foi de 19%, em relação a fevereiro deste ano, e a primeira cota de abril foi reduzida à metade, em relação a março.
Reeleito em outubro deste ano, o prefeito afirma que ele paga R$ 20 mil por mês de
uma dívida feita pela prefeitura há 16 anos. Sem falar na débito com o INSS, de R$ 10 milhões, deixada por administrações passadas, que custa cerca de R$ 60 mil mensais aos cofres municipais. Pagando apenas essas duas dívidas, a cada dia 10 do mês acaba a cota do FPM e a prefeitura fica sem dinheiro para pagar ao funcionalismo.
Na opinião de Antonio Júnior, "o parcelamento da dívida dos municípios com o INSS, do jeito que foi feito, não vai poder ser pago nunca. Só o juro mensal do débito somado com cada parcela é de R$120 mil. O parcelamento é de 20 anos. Nesse período a gente paga R$ 60 mil, e os outros R$ 60 mil vai pagar quando?", angustia-se.
A solução, na sua opinião, seria o governo federal reduzir a alíquota a ser paga: "Clube de futebol paga 5% de INSS patronal e a prefeitura 22%.Por que não reduzir nossa alíquota ou então eliminar os juros?", questiona o prefeito.
Preocupado com a possibilidade de ter que demitir funcionários, Antônio Júnior acrescenta: "Imagino o problema social que uma demissão causaria ao nosso município. Estou economizando o que posso, fazendo tudo para que isso não ocorra."