Política

PREFEITO DE TEOLÂNDIA ADMITE DEMITIR 20% DO FUNCIONALISMO PÚBLICO

Vide
| 13/04/2009 às 10:50
  O prefeito de Teolândia, Antonio Santana Júnior (PMDB), aguarda com expectativa o anúncio do governo federal para a questão de repasse do FPM-Fundo de Participação dos Municípios. O gestor de Teolândia - cidade situada no sul do Estado - está preocupado com a possibilidade de ter que demitir cerca de 20% do funcionalismo público, uma vez que o município vive basicamente do FPM e do ICMS, que por sua vez foi reduzido à metade.

  Para se ter uma idéia do problema, Antonio Júnior conta que a queda no repasse do FPM de março  foi de 19%, em relação a fevereiro deste ano,  e a primeira cota de abril foi reduzida à metade, em relação a março.


  Reeleito em outubro deste ano, o prefeito afirma que ele paga R$ 20 mil por mês de
uma dívida feita pela prefeitura há 16 anos. Sem falar na débito com o INSS, de R$ 10 milhões,  deixada por administrações passadas, que custa cerca de R$ 60 mil mensais aos cofres municipais. Pagando apenas essas duas dívidas, a cada dia 10 do mês acaba a cota do FPM e a prefeitura fica sem dinheiro para pagar ao funcionalismo.

  Na opinião de Antonio Júnior, "o parcelamento da dívida dos municípios  com o INSS, do jeito que foi feito, não vai poder ser pago nunca. Só o juro mensal do débito somado com  cada parcela é de R$120 mil. O parcelamento é de 20 anos. Nesse período a gente paga R$ 60 mil, e os outros R$ 60 mil vai pagar quando?", angustia-se.


  A solução, na sua opinião, seria o governo federal reduzir a alíquota a ser paga: "Clube de futebol paga 5% de INSS patronal e a prefeitura 22%.Por que não reduzir nossa alíquota ou então eliminar os juros?", questiona o prefeito.


  Preocupado com a possibilidade de ter que demitir funcionários, Antônio Júnior acrescenta: "Imagino o problema social que uma demissão causaria ao nosso município. Estou economizando o que posso, fazendo tudo para que isso não ocorra."