Política

SEAGRI RESPONDE DEPUTADO SOBRE CAPRINOS E DIZ QUE SÃO SELECIONADOS

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| 07/04/2009 às 10:19
O secretário Roberto Muniz participa da entrega de caprinos na região de Juazeiro
Foto: Foto: Aurelino Xavier
O deputado Elmar Nascimento equivocou-se ao denunciar que "pequenos
produtores de Curaçá devolveram matrizes e reprodutores de caprinos que
seriam entregues pela Secretaria da Agricultura do Estado devido à baixa
qualidade dos animais", responde a Seagri.

Na realidade, quem fez a devolução foi a própria Seagri, através de uma
comissão criada para examinar os animais, e evitar que caprinos e ovinos
que não atendam as especificações sejam entregues aos agricultores
familiares. A "denúncia" feita pelo deputado na realidade evidencia que o
sistema de proteção montado pela Secretaria da Agricultura funciona de
fato.

Para garantir que os agricultores familiares incluídos no Programa Sertão
Produtivo só recebam animais de qualidade e sanidade comprovadas, a
Secretaria da Agricultura criou comissões locais em todos os municípios,
formadas pelo secretário municipal da Agricultura ou técnico indicado por
ele; sindicato dos trabalhadores rurais, representante da associação ou
cooperativa dos beneficiados pelo programa; representante da Adab e
representante da EBDA.

REJEITAR ANIMAIS

Estas comissões têm o poder de rejeitar até todos os animais, obrigando o
fornecedor a entregar novo lote, de acordo com as especificações.
Foi isso que aconteceu em Curaçá, fato que comprova a segurança do
programa e é exemplo objetivo de que o sistema de monitoramento criado
pelo Governo do Estado, através da Seagri, com a participação da
comunidade local, funciona mesmo e protege os agricultores familiares.
Um detalhe importante: os fornecedores dos animais só recebem o valor
contratado depois da entrega perfeita dos animais, com a anuência da
comissão municipal.

Com recursos de R$ 13 milhões, o Programa Sertão Produtivo integra o
Programa Terra de Valor para o estímulo à ovinocaprinocultura no Semiárido
baiano. O Sertão Produtivo busca melhorar geneticamente os maiores
rebanhos de caprinos e ovinos do Brasil. Serão distribuídos, no total, 38
mil animais.

Cada família selecionada recebe cinco matrizes melhoradas de caprinos ou
ovinos, e cada comunidade terá seis famílias beneficiadas, completando 30
fêmeas e um reprodutor.

O impacto do melhoramento genético do rebanho na região é garantido
através da distribuição dos animais em regime de doação rotativa, quando
as famílias beneficiadas, nessa fase, doarão a mesma quantidade de animais
para uma segunda família, num prazo de 18 meses.

A Bahia lidera o ranking nacional de caprinos com um rebanho estimado em
4,5 milhões de cabeças, e está em segundo lugar na criação de ovinos com
2,5 milhões. Do rebanho estadual, 93% encontra-se no Semi-árido baiano,
região caracterizada por irregularidades climáticas acentuadas, que
ocasionam freqüente escassez de água e forragens para alimentação do
rebanho. Com as ações, a meta é chegar à marca de 7,5 mil cabeças no
estado.