O prefeito de Ilhéus, Newton Lima, em conversa com o BJá na reunião da UPB, disse nesta segunda-feira, 6, que, até o momento não tem uma informação mais precisa sobre o funcionamento do Aeroporto de Ilhéus, proibido de operar à noite e com outras restrições, o que tem provocado prejuízios ao município e à região Sul do Estado. 

   Newton situa que o pólo de informática de Ilhéus, responsável pela produção de 22% dos computadores nacionais, está sendo sendo afetado e pelo menos duas indústrias já fecharam as portas, quer atingidas pela crise internacional da economia; quer pelo agravamento da não utilização do aeroporto.

   "Hoje, as indústrias estão operando via terrestre até Porto Seguro e de lá as cargas são enviadas para o Centro Sul", diz Lima com preocupação vendo também os indicadores do turismo e do comércio locais e regionais cairem, devido as dúvidas sobre as operações 24 horas no Aeroporto de Ilhéus.

    O QUE PODE 
    SER FEITO

   Para o presidente da AMURC, entidade que congrega os interesses da região do Cacau, Moacir Leite, prefeito de Uruçuca, é preciso que a ANAC, o Ministério da Defesa, seja lá quem for, diga de uma vez por todas o que pode e não pode com o atual aeroporto de Ilhéus, até que o novo equipamento seja construído.

  - É preciso dar vida ao Aeroporto de Ilhéus e veja que a Prefeitura local já atendeu as exigências da ANAC, mais de 60 delas, e não existem informações sobre o que vai acontecer. Cada hora se diz uma coisa, se boata outra, como está se falando agora no rebaixamento da categoria do aeroporto, e isso é inconcebível, sustena Moacir.

   No entendimento do prefeito Newton Lima, o que, de fato, mais angustia "a nossa administração é a falta de informações concretas sobre o problema que é grave e afeta nosso município e a região", frisou.