Na sessão ordinária de quarta-feira, 25, o vereador Téo Senna (PTC) cobrou explicações sobre a desapropriação da sede de praia do Esporte Clube Bahia pela Prefeitura Municipal de Salvador. A desapropriação, publicada no Diário Oficial do Município no dia 20 deste mês, faz parte do projeto da prefeitura de revitalização da Orla de Salvador - no local deverá ser construída uma praça.
Para Téo Senna, o prefeito João Henrique (PMDB) precisa explicar de onde sairá o dinheiro destinado à indenização dos proprietários das áreas desapropriadas (juntamente com a sede de praia do Bahia, mais outros cinco imóveis também foram exigidos pela prefeitura para a execução da revitalização da orla):
"É preciso explicar como o município pode pagar uma desapropriação dessa, já que tem uma péssima arrecadação. Não entendo: não resolvemos as questões das barracas de praia e estamos desapropriando seis propriedades em áreas nobres, com indenizações de 30 a 40 milhões de reais", questiona o vereador.
Do presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, também foram cobradas explicações: "É uma área valorizadíssima, nobre, e com o PDDU está mais valorizada ainda. Ele tem que explicar porque aceitou a desapropriação assim, sem questionamento", disse Téo.
Professor de educação física, o vereador lamenta a perda do pólo esportivo representado pela sede de praia do Bahia, pois lá eram desenvolvidas diversas modalidades de esportes olímpicos. Ele destaca que os sócios do clube também foram prejudicados, pois desfrutavam da estrutura de uma piscina semi-olímpica, um ginásio e quadras poliesportivas existentes na sede, que será demolida.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) afirmou que já apresentou requerimento à Mesa Diretora, ainda a ser apreciado pelos vereadores, para realizar sessão especial com o objetivo de debater esta questão, convidando as autoridades envolvidas.