A advogada Juliana Reis declarou que foi indicada para assumir um cargo pelo prefeito municipal, sem nenhum apadrinhamento e sem a configuração de nenhum tipo de nepotismo: "Também não quero ocupar nenhum cargo com a renúncia de meu pai, Carlos Burgos, à secretaria da Fazenda, o que não seria ético e nem moral".
Relatório
O relator Milton Cerqueira (DEM) apresentou anteontem, na sessão das comissões técnicas da Câmara de Vereadores de Itabuna, parecer favorável à indicação da advogada Juliana Burgos. Ele se prendeu ao mérito e currículo da advogada, rejeitando o argumento da oposição de que a nomeação implica na prática de nepotismo, uma vez que o seu pai, advogado Carlos Burgos, é secretário municipal da Fazenda. Também levou em conta uma decisão do STF.
O parecer de Cerqueira foi aprovado pela unanimidade dos membros da comissão, com exceção do presidente Wenceslau Júnior, que também manifestou posição contrária ao relatório na reunião plenária de ontem, quando o parecer foi submetido a votação. A aprovação da matéria exigia quorum de dois terços dos membros da casa, o que significa nove votos.
Na votação de ontem a indicação da procuradora foi defendida com veemência pelo relator do processo, bem como pelos vereadores Milton Gramacho, que citou em sua defesa a súmula do STF e destacou a sua competência profissional e apelou: "Não vamos fazer política partidária com o nome da indicada."
Já o vereador Gerson Nascimento destacou que a indicação de Juliana Burgos teria um caráter pioneiro, uma vez que ela seria a primeira mulher indicada para a procuradoria geral do município de Itabuna que completa no próximo ano o seu centenário.