Política

MAIS NORDESTE QUER REDUZIR EM 5% AO ANO MORTALIDADE INFANTIL NA REGIÃO

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| 24/03/2009 às 18:26
Governador Wagner, ministro Geddel e o presidente Lula durante I Mostra Nacional
Foto: Foto: Manu Dias

  O compromisso Mais Nordeste pela Cidadania foi assinado, nesta terça-feira (24), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representantes oficias de todos os estados da região e diversos ministros.

   O compromisso tem como metas para serem alcançadas até 2010 a expansão em 3,9 milhões do número de jovens e adultos em processo de alfabetização, a redução da mortalidade infantil em 5% ao ano, a erradicação do sub-registro civil e a ampliação da assistência técnica para produtores rurais nos Territórios de Cidadania, passando dos atuais 289 mil para 616 mil pequenos produtores.


   A cerimônia ocorreu durante a abertura da Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional, que acontece até o dia 27, no Centro de Convenções da Bahia. O evento reúne segmentos empresariais e instituições governamentais e não-governamentais para debater e aprimorar as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional, a exemplo da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).


  Promovido pelo Ministério da Integração Nacional, a Mostra apresenta ainda painéis temáticos, debates de experiências concretas, oficinas e minicursos, e exposições de projetos inovadores e de produtos sustentáveis. Segundo os organizadores, a ideia do evento é divulgar iniciativas que estão sendo implementadas no país, compartilhar experiências, propiciar a articulação de parcerias e abrir espaços para a comercialização de produtos regionais, como alimentos, bebidas, plantas ornamentais, tecelagem, móveis e confecções.


SATISFEITO

   O presidente Lula elogiou a montagem da mostra e se disse satisfeito com o que viu durante um breve passeio pelos estandes com produtos regionais em exposição. "Passeando pela mostra é possível ver na cara das pessoas a crença e a confiança de que é possível fazer, os produtores que estão aqui precisavam serem mostrados. Saio hoje daqui realizado, como brasileiro e como presidente; uma feira como essa demonstra a arte do possível, e o resultado da política que dá certo", afirmou Lula.


  Ainda segundo ele, a recuperação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o aumento no volume de empréstimos disponibilizados para a produção pelo Banco do Nordeste foram decisivos para o início de um processo de redução das desigualdades do nordeste em relação ao resto do país. "Até 2012, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) investirá na Bahia R$ 45 bilhões de reais", disse Lula.


  Anfitrião do dia, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, afirmou que "não se pode combater as desigualdades regionais com políticas de cima para baixo. É a partir das demandas de cada região e da organização de cada comunidade que conseguimos avançar no desenvolvimento". Lembrou ainda que algumas obras de infraestrutura já iniciadas no nordeste, como as 48 de saneamento básico, vão acelerar o desenvolvimento da região.


  A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, defendeu a forma diferenciada que o Governo Federal vem tratando o nordeste. "Vamos tratar de forma diferenciada quem precisa mais. Não basta o Brasil crescer, gerar emprego e renda, é fundamental que regiões menos desenvolvidas tenham mais oportunidades, como mais investimentos em infraestrutura", disse Roussef.


  Para ela, só as diferenças culturais devem ser preservadas, "pois é a nossa maior riqueza", mas as diferenças regionais e de renda devem ser atacadas pelos governos. "Nos últimos anos, 13,4 milhões de pessoas saíram da miséria, sendo quase a metade no nordeste. Isso é resultado de políticas públicas que estão dando certo".


  Já o Governador Jaques Wagner aproveitou a cerimônia para exaltar a mostra como resultado do "mundo do trabalho real", antagônico ao mundo da especulação. "Essa mostra é uma demonstração inequívoca de como se deve enfrentar a crise mundial, e revela também a capacidade do povo brasileiro de superar dificuldades quando há um apoio do poder público".


   Wagner destacou ainda a criação da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), como uma ação prática do governo para diminuir a desigualdade entre as regiões do estado. "Não é só na relação entre as regiões do país, mesmo em nosso estado existem grandes desigualdades, e a Sedir foi criada com o objetivo de coordenar políticas do governo do estado para diminuir essas desigualdades, a agregação de valor aos produtos agrícolas, por exemplo, é uma forma de acelerar o desenvolvimento dessas regiões", lembrou o