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Em vez de retirar discurso, ratifico discurso, disse Javier Alfaya
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O clima na Assembleia Legislativa nesta tarde de terça-feira, 24, esquentou de vez por conta dos debates em torno do projeto do Fisco, quando o deputado Javier Alfaya disse que a Bahia está na rabeira da reorganização do fisco, precisando conceder aos agentes de tributos atribuições que já são de sua competência, e criticou duramente a Oposição situando que em governos passados havia a prática do "rouba mas faz", embora não fizesse nada.
Segundo Javier, eles tiveram tantos anos no governo e deixaram a Bahia com indicadores sofríveis na educação, as estradas aos frangalos e agora querem fazer críticas a um projeto que é bom e importante para o Estado.
O deputado Clovis Ferraz (DEM) considerou o discurso de Alfaya inaceitável, pediu que ele retirasse dos anais os termos citados do "rouba mas faz" destacando que, ele desrespeitou os ex-governadores João Durval, Paulo Souto, Waldir Pires e outros, e situou que, o ex-governador Paulo Souto é um exemplo de homem público.
Já o deputado Rogério Andrade (DEM) disse que roubar e não fazer "é uma prática daqueles que praticam o mensalão, àqueles do partido das cuecas, daqueles que trouxeram Fernando Collor ao cenário político nacional", frisou.
A sessão estava sendo presidida pelo deputado Capitão Fernandes (PSB) que, diante de tão caloroso debate, suspendeu a sessão. Na reabertura dos trabalhos, já sob a presidência do deputado Marcelo Nilo (PSBD), o deputado Javier Alfaya disse que não retiraria do discurso os termos "rouba mas faz" porque integra "expressões do meio popular".
Alfaya diz que não citou nomes de quaisquer governadores e em vez de "retificar" o discurso iria, sim, "ratificar".