Apesar de citar como pontos negativos as condições climáticas da cidade que são favoráveis a proliferação do mosquito, a alta densidade demográfica e a desigualdade social que desfavorece um armazenamento adequado da água, o secretário reconheceu a importância de ações do poder público para o combate da dengue.
"Nossa obrigação é fazer um levantamento epidemiológico e depois que detectarmos o mosquito vem a tarefa dos agentes de endemias que, ao contrário do que muitos dizem, trabalham o ano todo", afirmou o secretário.
FUNDAMENTAL
José Carlos Brito ainda salientou a importância do aval do Ministério Público para invadir casas abandonadas a fim de eliminar os focos de larva do mosquito transmissor da doença. "Foi fundamental essa autorização para que a prefeitura pudesse entrar nos locais abandonados, iniciar uma prevenção e diminuir o número de casos", declarou.
- O secretário revelou ter conversado com o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na manhã desta segunda, no Centro de Convenções, no sentido de buscar novas alternativas para frear o surto da doença em Salvador. "Perguntei ao Ministro o que estava acontecendo. Temos que buscar novas estratégias e atuar de maneira diferente da que fizemos até agora", disse Brito.
PSF - A precariedade do Programa de Saúde da Família (PSF) também foi destacada pelo secretário municipal. "O PSF é precário. Ainda existem lacunas no número de médicos e na qualidade dos equipamentos. O Decreto de Emergência feito no ano passado ajudou a suavizar essa situação, mas temos muito para evoluir", concluiu.