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Deputado Eliedson Ferreira, representante de Feira, diz que falta prioridade à educação
Foto: Foto: BJá
O secretário de Educação do Estado, Adeum Sauer, vai a Feira de Santana no próximo dia 24 para tentar encontrar uma solução definitiva para o Curso de Medicina da Universidade Estadual (UEFS), que se encontra com defasagem de 43 professores
e uma série de outros problemas.
Caso antigo e que vem rolando desde o ano passado quando estudantes fizeram um protesto no saguão da Assembléia Legislativa, ainda sem solução, e repetiram o mesmo ato durante a visita do governador Wagner e da ministra Dilma Rousseff à Feira, no último sábado, marcha para uma provável solução defintiva.
Ontem, na instalação da Comissão de Educação da ALBA, ocorreram mais protestos. E, graças ao depuado presidente da Comissão, Bira Coroa (PT), foi possível ouvir a turma repetir os mesmos problemas que já se arrastam há pelo menos 1 anos.
O deputado Eliedson Ferreira (DEM), representante de Feira, depois de receber uma comissão de estudantes na ALBA pediu mais apoio do governo do Estado para as universidades estaduais que se encontram numa situação de penúria. No caso do curso de Medicina da Uefs, faltam professores. Seriam necessários 95 profissionais, enquanto o curso conta com apenas 52, sendo 39 concursados e sete destes com carga horária parcial.
APOIO PEDAGÓGICO
Isso resulta na falta de aulas, excesso de estudantes para um professor num campo de práticas, módulos de professores, falta de especialistas para áreas específicas, interrupção das atividaes por quatro meses, inatividade de algumas comissões como apoio pedagógico, capacitação docente, de infra-estrutura, entre outras.
"Este quadro se repete em vários cursos das universidade estaduais. Falta compromisso deste governo com a Educação em todas as instâncias. Em Feira de Santana, a Uefs tem deficiências de infra-estrutura graves. Faltam recursos audiovisuais, os computadores em muitos cursos estão quebrados ou com máquinas defasadas, salas reduzidas, sem climatização, precariedade nos serviços de manutenção entre outros problemas que demonstram o descaso do estado com a Educação", afirmou o parlamentar, cobrando mais apoio do Estado para o ensino na Bahia, sobretudo o superior.
VEM DO PASSADO
Para o deputado Zé Neto (PT), também representante de Feira na ALBA, a responsabilidade não pode ser atribuida ao atual governo e sim ao passado, porque eles "sairam instalando cursos sem a devida responsabilidade".
Segundo Zé Neto, a UEFES teve seu orçamento ampliado em mais de R$20 milhões, só este ano (de R$110 milhões para R$130 milhões) e a proposta a ser encaminhada às universidades é criar vagas de professores para cada uma delas, de acordo com os estudos técnicos recomendados pelos seus Conselhos Universitários, evitando que sejam feitos REDAs.
Ainda de acordo com Zé Neto, a UEFS tentou fazer um REDA com validade de 1 ano para o Curso de Medicina de Feira, mas não conseguiu quem aceitasse tal proposta. "Vamos partir para uma solução definitiva e resolver de uma vez por todas esse problema", finalizou.