A primeira sessão ordinária do primeiro período da 16ª legislatura começou quente na Câmara Municipal. Trabalhadores terceirizados de limpeza compareceram à Casa do Povo para exigir o pagamento dos salários de cerca de 1.800 funcionários que estão atrasados há três meses.

   Os trabalhadores foram cobrar da Prefeitura de Salvador o pagamento às empresas que trabalham para o Município e não recebem as faturas. Fato corriqueiro e que vem acontecendo desde o ano passado, sempre com promessas por parte da Sefaz, as quais, nem sempre ocorrem.
       
  A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) ironizou a mensagem do prefeito João Henrique que mencionou a quebra de paradigmas´ como uma marca de sua gestão. "Acho que o prefeito deveria começar quebrando esse paradigma. Durante o ano passado, diversas categorias de trabalhadores vieram à Câmara para pedir a intervenção por causa de salários atrasados", disparou a comunista.

     
  Os trabalhadores, exaltados, em diversos momentos interromperam o andamento da sessão para aplaudir ou apoiar os parlamentares. O primeiro secretário, Sidelvan Nóbrega (PRB), por exemplo, foi vaiado em todas as vezes que se pronunciou.

  
   "Aqui não tem vagabundo. Somos todos pais e mães de família que trabalhamos e queremos receber o nosso dinheiro", gritou uma das trabalhadoras.

     
   Alcindo Anunciação (PSL) foi um dos vereadores mais aplaudidos. "Os trabalhadores gostariam de estar trabalhando. Vieram para Câmara para pedir o nosso socorro. Meio-dia bate na casa de todos", afirmou. (Marivaldo Filho, repórter)