Política

FRANS KRAJCBERG RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO BAIANO NA PRÓXIMA TERÇA

O polonês vai ser receber o título de cidadão baiano
| 02/03/2008 às 12:01
 O artista polonês Frans Krajcberg receberá título de cidadão baiano em sessão especial a ser realizada no dia 7 de março, próxima sexta-feira. A homenagem  proposta pelo deputado  estadual Waldenor Pereira, líder do Governo, será iniciada às 10 horas, no plenário da Assembléia Legislativa. O governador Jaques Wagner já agendou a sua particpação.


  O título foi aprovado por unanimidade, em agosto do ano passado, através de Projeto de Resolução de Waldenor, que atendeu  à solicitação do governador Jaques Wagner. O governador sugeriu ao líder a iniciativa, após ter participado, em abril de 2007, das comemorações  dos 86 anos de Krajcberg, o renomado artista nascido na Polônia que se fixou no Brasil  desde 1948  e desde 1972  reside na Bahia,  no município de Nova Viçosa.


  Além de atender a um pedido especial de Wagner, Waldenor se diz muito honrado por ser autor da homenagem desse escultor, pintor, gravador e fotógrafo de reconhecimento internacional: "Trata-se de um artista que vem fotografando e documentando desmatamentos e ações contra a natureza, e ainda dando vida, através  de sua arte, a troncos e raízes que recolhe", destaca.


  Tendo percorrido o Brasil inteiro para realizar um vasto trabalho fotográfico, no qual registrou as arbitrariedades contra a natureza, Krajcberg descobriu que "o país mais lindo do mundo" é também o mais inconsciente. "Ninguém sabe menos sobre si mesmo e o que possui do que o brasileiro. E por isso ninguém ignora mais os crimes contra sua riqueza. Não me considero um fotógrafo, mas capturo tudo o que me apavora, para não esquecer e para denunciar", concluiu o artista, segundo o artigo de Daniela Name, publicado no jornal O Globo, edição de  18/01/2000.  


Em sua justificativa para a concessão do título, o líder do Governo sintetizou a trajetória de Frans Kracjberg, que foi expulso da sua terra natal na II Guerra Mundial, quando seu pais foram assassinados em campo de concentração. Emigra para o Brasil em 1948, inicialmente fixando-se em São Paulo, e a partir de 1972 passa a residir no município de Nova Viçosa, no sul da Bahia, onde iniciou um museu ecológico que pretende  transformar em reserva particular de proteção da natureza.