Falando nesta quarta-feira, 16, na Rádio Metrópole, o governador Jaques Wagner prometeu que a Secretaria de Segurança Pública vai apurar com rigor a morte do menor Djair Santana de Jesus, 16, ocorrida na noite da última segunda-feira, 14, na invasão Péla-Porco (ao lado da antiga Estação Rodoviária de Salvador) e atribuida a policiais militares das Rondas Tático Móveis (Rotamo).
 
   Wagner comentou que já determinou que todas as medidas sejam tomadas nesse sentido, pois, ninguém está acima da lei. Um inquérito administrativo já está em curso no âmbito do governo para verificar o que teria acontecido.

   O menor assassinado, segundo a versão dos moradores da invasão foi metralhado pela costas por PMs, nunca teria se envolvido com o uso de drogas e voltava para casa depois de um baba noturno. O sonho de Djair, como a da grande maioria dos jovens da periferia, era ser jogador profissional de futebol.

  Segundo o ten-coronel Zeliomar Almeida, responsável pela guarnição da PM, teria havido troca de tiros entre a PM e o menor e outros quatro jovens.

  O jovem Djair foi sepultado na manhã desta quarta-feira no Cemitério da Quinta dos Lázaros, vizinho a Péla-Porco, sob um clima de revolta dos moradores do local e familiares do rapaz. 

  Até agora, a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos ainda não se manifestou sobre o caso.

 MAIS VIOLÊNCIA

  O ajudante de pedreiro Thiago Nascimento Carvalho, 21 anos, foi assassinado a tiros durante a madrugada desta quarta-feira, 16, na Rua 12 de Setembro, local conhecido como Beco do Bozó, bairro de Cosme de Farias.

  Por volta das 2h20, três homens encapuzados arrombaram a janela da casa da namorada de Thiago, identificada apenas como Andréia, e, arrastando-o para fora, deflagraram vários tiros contra a vítima, que morreu na hora, sobre os degraus da escadaria em frente à residência.

   Segundo plantonistas da 6ª CP (Delegacia de Brotas), onde o caso foi instaurado, Thiago não tem passagem pela polícia, mas um possível envolvimento com drogas está sendo apurado.

   A vítima morava no bairro de Pernambués e namorava há pouco tempo com Andréia. No momento do crime, estavam na casa o casal, o irmão, a cunhada de Andréia e o filho do casal, que tiveram a identidade preservada. Além da vítima, ninguém foi atingido pelos disparos.

  Em depoimento na delegacia,  Andréia contou que os executores tentaram arrombar a porta, mas não conseguiram, pois a mesma estava reforçada com um cadeado. Segundo ela, os três estavam armados. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) esteve no local e identificou três tipos de cápsulas deflagradas. A investigação está sob a coordenação da delegada plantonista Florisbela Rodrigues da Rocha.