"Vou pedir informações através do sindicato destas empresas baianas a fim de saber se justifica a contratação fora da Bahia. A mineira Shelt Service Ltda e a pernambucana Sena Segurança Inteligente Ltda foram contratadas por dispensa de licitação quando a administração teve um ano inteiro para fazer o processo normal para contratação de novas empresas'', disse.
"Precisamos saber se a questão do preço valeu a pena para o estado, pois isso só se justificaria se ficassem bem abaixo do praticado no mercado local. Sabemos que, na Bahia, há inúmeras empresas capazes de prestar o mesmo tipo de serviço. Mais uma vez, o Estado - principal agente fomentador do desenvolvimento - perde a oportunidade de apoiar o crescimento e as empresas baianas'', lamentou.
A mineira Shelt Service Ltda e a pernambucana Sena Segurança Inteligente Ltda. foram contratadas pelo Governo baiano pelo período de seis meses com dispensa de licitação.
Bacelar não quis entrar na questão da substituição das empresas da G8, investigadas pela Operação Jaleco Branco, da Polícia Federal pela pernambucana Sena Segurança Inteligente Ltda. "A argumentação do Estado foi substituir empresas que estavam envolvidas em fraudes em licitação por outra envolvida na mesma investigação, o que é lamentável.
Mas esta é uma questão que merece uma apuração maior", disse. Segundo informações publicadas na imprensa, um dos empresários, sócio da Sena Segurança Inteligente Ltda. está sendo investigado pela Operação Jaleco Branco. O processo correria na 13ª Vara do Tribunal Regional Federal -5ª Região (TRF-5), em Recife, sob número 2007.05.00.052722-9, um processo contra Evaldo Nunes de Sena, um dos sócios da empresa pernambucana, acusado de corrupção ativa por oferecer vantagem indevida a um agente da Polícia Federal. Um pedido de habeas corpus, com o objetivo de barrar o andamento do processo, foi negado pelo TRF-5, por entender que havia indícios suficientes para apontar Nunes como co-autor do delito.