O presidente dos Democratas, Rodrigo Maia (RJ), e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN), informam à opinião pública que repudiam suposto acordo para preservar o mandato do senador Renan Calheiros, em troca do seu afastamento temporário do comando do Senado.

  Sobre as versões a respeito deste assunto, os Democratas afirmam que é inadmissível que integrantes do Poder Executivo desrespeitem a autonomia de voto dos senadores da República e apresentem ilações sobre a absolvição ou a condenação prévia de um acusado por quebra de decoro, antes que o Conselho de Ética e o Plenário se pronunciem;

  2) Quebra de decoro não é moeda de barganha para garantir maioria a governos que não aceitam que a Oposição vote contra medidas que julgam prejudiciais ao povo brasileiro; quebra de decoro é falta grave que tem de ser punida com a cassação do mandato, a perda dos direitos políticos e o envio das acusações à Justiça;

  3) A simples menção à existência deste suposto arranjo comprova que representantes do governo não têm qualquer apreço pelo regime democrático, tanto que investem na desmoralização, na desqualificação e no rebaixamento do Poder Legislativo;

  4) Levando em conta os interesses e as prioridades da maioria do povo brasileiro, o Poder Legislativo tem de deliberar com soberania sobre todas as questões que constam de sua pauta, sem se submeter a chantagens, ameaças, acordos e conchavos que ferem a ética e a moralidade.

Deputado Rodrigo Maia, presidente do Democratas

Senador José Agripino, líder da bancada no Senado Federal