Com a decisão do Senado (46 x 22 votos), a secretaria torna-se extinta. Para recriá-la, o governo não pode reeditar o texto, mas, como alternativa, pode fazer alterações e enviar outra MP para o Congresso. A assessoria do Palácio do Planalto informou que o governo analisará a situação nesta quinta (27).
Será criada, agora, uma comissão mista de deputados e senadores para tratar da situação dos funcionários atingidos com a extinção da Secretaria. A Casa Civil informou que Mangabeira Unger e os demais integrantes serão destituídos.
Para a secretaria, tinham sido criados 79 cargos de funções gratificadas e cargos de direção e assessoramento superior (DAS).
Os senadores acompanharam o voto do relator-revisor, senador Valter Pereira (PMDB-MS), que rejeitou os pressupostos constitucionais de urgência e relevância, necessários à admissibilidade da MP.
O tema gerou ampla discussão no plenário. "Essa medida provisória é tão ridícula e inexplicável que dispensa comentários", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
"Estamos diante de uma aberração do governo federal. Temos a chance de dar um basta nessa enxurrada de MPs que onera os cofres públicos", complementou o senador Marconi Perillo (PSDB-GO).
"Não há dúvida quanto ao aspecto constitucional. O formato não merece reparos", argumentou o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
"Não estou defendendo a gastança. Essa é a realidade. Tem pessoas que vão efetivamente pensar ações de longo prazo. É um preço pequeno para um projeto de longo prazo para o país", complementou.