Política

ALELUIA DIZ QUE GOVERNO PAGOU R$47 MILHÕES EM EMENDAS PARA APOIAR CPMF

É o jogo político em Brasília
| 21/09/2007 às 17:06
  Em apenas três dias desta semana, entre segunda e quarta-feira, o governo Luiz Inácio Lula da Silva pagou R$ 47,2 milhões em emendas parlamentares deste ano. Esse valor corresponde a 27% do total pago até agora em 2007, que é de R$ 175,5 milhões em emendas.

  Considerando o pagamento de restos a pagar de 2006, o valor liberado nesses três dias é ainda maior e atinge a marca de R$ 68,8 milhões, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Governo Federal levantados pelo líder Democrata José Carlos Aleluia (BA).

  Até então, durante o mês de setembro não havia sido pago um único centavo em emendas - houve apenas empenhos. O valor desses três dias é mais da metade do total pago em agosto, que foi de R$ 83,9 milhões, e mais que o dobro das emendas pagas em julho, que somaram R$ 22,9 milhões, observa Aleluia. "Essa é uma demonstração clara de uma aberração do sistema político.

  O deputado é obrigado a votar contra os interesses do cidadão em troca de migalhas. A liberação de emendas virou uma negociata" critica o parlamentar baiano. Para Aleluia, a promiscuidade patrocinada por Lula entre o governo e o Congresso Nacional incrementa a desmoralização das instituições.

  "Isso ajuda a justificar o desprezo que a população tem pelo Parlamento. Essas liberações concentradas nesses três dias mostram que o governo agiu unicamente para conseguir a maioria e aprovar um novo imposto, a CPMF, que seria extinta neste final de ano", declara o líder democrata.

   Para Aleluia, o desprezo de Lula pelas instituições não sugerem apenas desinformação, mas refletem o seu caráter. E vai além: "É inaceitável que o presidente da República receba no Brasil o colega venezuelano Hugo Chávez e ouça, calado, criticas ao Parlamento e à imprensa brasileiras. Somente alguém amoral, que defende companheiros corruptos, e tenha tamanha indiferença pela ética pode se comportar de forma tão desprezível", diz Aleluia.