Política

SÓ 9 DEPUTADOS DA BAHIA DISSERAM NÃO AO IMPOSTO DO CHEQUE (CPMF)

Segundo ACM Neto a opinião pública pode fazer diferença
| 20/09/2007 às 23:18
  A bancada de deputados federais da Bahia votou em peso pela prorrogação da CPMF, a exceção dos deputados ACM Neto, Fábio Souto, Fernando de Fabinho, Félix Mendonça, Jutahy Júnior, Jorge Khoury, José Carlos Aleluia, Luis Carreira de Paulo Magalhães.

   O vice-líder do Democratas na Câmara Federal, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse hoje (20) que a guerra contra a CPMF não acabou. Ele acredita que o governo terá muitas dificuldades para aprovar a prorrogação no Senado.

   "Lá, o equilíbrio de forças é maior. Além disso, há uma insatisfação, inclusive na própria base do governo, em função da permanência do cargo do presidente da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O momento para o governo lá é péssimo", disse ACM Neto.


   Além disso, frisou o deputado, a força da opinião pública pode fazer a diferença. "Na Câmara, tivemos dissidências na base do governo em função da pressão da opinião pública. Tanto que a diferença em favor do governo foi de apenas 30 votos. Uma diferença pequena. No Senado, temos reais chances de derrotar o governo e impedir a prorrogação deste imposto, reduzindo, assim, a carga tributária e promovendo o crescimento do país", declarou.


   ACM Neto disse que o imposto não é mais necessário por conta do crescimento da arrecadação do país e do superávit. Ele lembrou que a arrecadação federal cresceu R$36,01 bilhões somente no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Foram R$305,53 bilhões neste ano,contra R$269,52 bilhões em 2006. Em termos nominais, esse valor adicional eqüivale à receita prevista com a CPMF para este ano, que deverá alcançar cerca de R$36 bilhões.