O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) disse hoje (dia 14) que a guerra contra a prorrogação da CPMF, o imposto sobre os cheques, ainda não terminou, apesar da aprovação da proposta de emenda à constituição ontem em comissão especial na Câmara Federal.
 
    Lembrou que a proposta ainda precisa passar no plenário da Câmara e no Senado, onde deverá, acredita o parlamentar, encontrar uma resistência maior porque a maioria do governo não é tão folgada.

   "Os brasileiros trabalham sete dias por ano para pagar a CPMF, que vai arrecadar, somente este ano, algo em torno de R$35 bilhões. Dinheiro que deveria ser destinado à saúde, o que não acontece", disse o parlamentar, acrescentando que o Democratas não aceita qualquer proposta de reduzir a alíquota.
 
  "Não há acordo. Somos contrários à CPMF e vamos lutar até o fim contra a prorrogação do imposto", declarou.

   Ele lembrou ainda que, no Senado, a oposição não está satisfeita com o governo por conta do resultado do julgamento político do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi inocentado em processo de cassação de mandato. "Além disso, existe toda a pressão da sociedade contra a CPMF.

   O abaixo-assinado feito pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e entregue aos deputados, na comissão especial, já possui mais de um milhão de assinaturas", ressaltou.