Política

MAIORIA DOS DEPUTADOS NÃO COMPARECE AO TRABALHO E PLENÁRIO FICA VAZIO

Líder do governo quer sacramentar nome até dia 19
| 13/09/2007 às 12:01
Com plenário vazio, nesta quinta, 13, indicação para TCE só na próxima semana (Foto:BJ)
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  Como era de se esperar, diante da derrota da base aliada do governo com a aprovação da urgência para tramitação do projeto de resolução do deputado Paulo Câmara (PTB) que disciplina a indicação, pela Assembléia Legislativa, do nome para o Tribunal de Contas do Estado, a sessão ordinária desta manhã de quinta-feira, 13, sequer abriu.

   Só compareceram 19 deputados e ficaram no plenário vagando a espera de número. regimental. Sem esse número, com parte da base aliada do governo de "ressaca", nada feito. Às 10h40min, com o painel do plenário ainda ligado, não havia viva'lma no plenário da Casa legislativa da Bahia.

   Fica, portanto, para a próxima semana a discussão dessa e de outras matérias, entendendo-se, como deseja o líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT) que não há pressa nessa questão. Waldenor sugeriu até uma data para que o nome seja sacramentado: quarta-feira, dia 19.

   O presidente Marcelo Nilo (PSDB) foi mais cauteloso e sugeriu a data dia 25 com a ressalva de que os líderes se acertem e encaminhem à mesa um nome, de preferência, de consenso. Se não houver esse consenso, vai para o voto no plenário e quem tiver 32 votos leva a indicação, assim entende o presidente.

   Para o deputado Tarcízio Pimenta (DEM) o que aconteceu hoje na AL é uma situação que já vem falando há algum tempo, de desmonte, da falta de apreço pela Casa.

   O deputado Heraldo Rocha, líder dos Democratas, também tem alertado para essa situação, na medida em que o Executivo não envia projetos ao debate e perde-se tempo com situações irrelevantes.

   RACHA NA BASE ALIADA

   A votação da última quinta-feira, 12, demonstrou que há um racha na base aliada do governo, sobretudo entre o PT e o PMDB, apesar dos panos quentes que tanto o governo; quando o ministro da Integração Nacional colocam sobre a questão, afirmando que o céu é de brigadeiro.

   Não é. Sete do PMDB votaram pela indicação de Paulo Câmara (PTB) e mais dois do PDT e um do PRTB. Fica, portanto, configurado um racha ou pelo menos uma forte dissidência à vista. E, evidentemente, isso não se restringe, apenas, a indicação do nome para o TCE. 

   As evidências são mais profundas e estão relacionadas ao tratamento que o governo dá à sua base aliada, a exceção dos integrantes do PT e PCdoB, a pão e água. Queixa antiga que chega ao plenário com o voto de protesto.