"Eu lutei 120 dias com sofrimento, com dor, com a exposição da minha família para provar a minha verdade, a minha inocência. Não tem sentido, absolutamente nenhum sentido, que agora se faça isso", afirmou.
Segundo Renan, se afastar da presidência do Senado neste momento seria desrespeitar os colegas e todo o país. "Seria um desrespeito ao Brasil e ao Senado brasileiro."
Aliados de Renan chegaram a tentar convencê-lo em renunciar ao cargo minutos antes do início da votação no plenário como última tentativa de evitar a perda do seu mandato. Se o peemedebista for cassado, ficará inelegível por oito anos a partir de 2011 --quando termina o seu mandato no Senado Federal.
O grupo pró-Renan avalia que, com a sua renúncia à presidência da Casa, muitos senadores poderiam votar pela absolvição do peemedebista --porque consideram que o mais grave neste momento é a imagem do Senado estar arranhada pelas denúncias atingirem o presidente da instituição.
A licença, por outro lado, é prevista no regimento da Casa por motivos médicos ou de força maior. O senador poderia ficar afastado por 120 dias do Senado, mas preservaria o seu mandato caso fosse absolvido pelos colegas. Seria uma alternativa para evitar constrangimentos a Renan uma vez que, se for absolvido, ainda responderá a outros dois processos de quebra de decoro parlamentar que tramitam no Conselho de Ética da Casa.