A Assembléia Legislativa aprovou por unanimidade, três projetos, sendo um originário do Poder Executivo, um do deputado Adolfo Menezes (PTB) e o terceiro, matéria autorizativa que garante o direito de receber subvenções sociais a centenas de entidades de utilidade pública.

  A proposição enviada pelo governador Jaques Wagner permite que a administração estadual transfira sua sede para Cachoeira, em 25 de junho.

  A data representa um marco histórico na resistência daquele município ao domínio português e o início do fim da era colonial. Naquela ocasião, a Câmara de Vereadores local declarou D. Pedro príncipe regente perpétuo do país, meses antes do próprio D. Pedro declarar a Independência do Brasil. Por causa da iniciativa, a cidade foi bombardeada por uma canhoneira lusa que estava fundeada no Rio Paraguaçu.

  A reação portuguesa não foi suficiente para arrefecer o ânimo libertário daquele povo e, assim com Wagner pretende fazer agora, um dia antes de D. Pedro proclamar a separação entre Brasil e Portugal, instalou-se o Conselho Interino de Governo, que procurava organizar o movimento. Com isso, a cidade uniu o Recôncavo e mobilizou o povo, vendo surgir os chamados Pelotões Patrióticos, iniciando um processo que culminou com a vitória em 2 de Julho.

  Conscientes da importância da iniciativa, a população de Cachoeira afluiu ontem à Assembléia Legislativa, lotando as Galerias Paulo Jackson, que contou inclusive com a presença do prefeito daquela cidade, Fernando Antonio Silva Pereira. A matéria teve amplo apoio também dos deputados e o líder da oposição, deputado Gildásio Penedo (DEM), fez coro com o líder do governo, Waldenor Pereira (PT), encaminhando pelo voto favorável e elogiando a iniciativa.