O deputado federal ACM Neto (Democrata) falando na manhã desta quinta-feira, 6, à Rádio Nova Salvador FM praticamente confirmou sua candidatura a prefeito de Salvador, em 2008.

  Perguntado sobre esse tema, disse que "há um ano e meio descartava essa possibilidade". Contudo, "Salvador hoje precisa de um esforço de todos nós, de um pacto político, e agora não descarto essa possibilidadede de ser candidato à prefeito ainda que não seja a hora de anunciar a candidatura" - frisou.

   O deputado destacou, ainda, que está a cada dia se aprofundando mais dos problemas da cidade "para sair desse estado caótico em que João Henrique deixou a capital", buscando alternativas para se desenvolver, conversando com as pessoas, ouvindo as lideranças políticas.

   Dentro desse contexto, acentuou o deputado, "estou examinando com muita atenção a candidatura e no momento certo vou me pronunciar" .

   BONFIM

   ACM Neto comentou também que durante a missa em memória do ex-senador ACM, no último dia 4, na Basílica do Bonfim, diversas pessoas e lideranças comunitárias o procuraram para que se lance candidato a prefeito, em Salvador, "e isso tem me estimulado, tem me sensibilizado".

   Neto elogiou a liderança do deputado federal Marcos Medrado, "você é uma das lideranças mais importantes da capital" e disse que, diante da situação caótica em que se encontra a administração João Henrique (PMDB) "Salvador está precisando de alguém com coragem e determinação, de energia propositiva para melhorar as condições da nossa cidade".

   RENAN

   Sobre a provável cassação do senador Renan Calheiros, processo que será decidido no plenário do Senado, na próxima semana, o deputado ACM Neto destacou que "o voto secreto é um escudo que ajuda a impunidade", mas, o desejo da sociedade é pelo afastamento do presidente do Senado.

   MENSALÃO

   Entende que o STF mostrou que ainda é possível acreditar na Justiça. Detalhou o trabalho do Congresso na investigação e apuração do caso envolvendo os mensaleiros e que chegou o momento de se dizer "basta a impunidade".

   CPMF

   Sobre a CPMF diz que defende a extinção da contribuição e não concorda com a tese defendida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o fim da CPMF descontrolaria as contas públicas. "O governo federal precisa gastar menos e com mais racionalidade", isso sim. Só 25% da contribuição são aplicados na saúde e o restante no superavit primário, o que representa um desvio de finalidades,

   BOLSA FAMÍLIA

   O deputado diz que é favorável ao incentivo nascido do Fundo de Combate à Pobreza criado por iniciativa do então senador ACM. Criticou, no entanto, a postura da doação sem uma perspectiva de futuro e defendeu mais incentivos à educação.