O encontro deverá ser realizado na próxima semana, mas a data só será definida nesta segunda-feira, dependendo ainda de uma compatibilidade das agendas do superintendente do IPHAN e da Câmara dos Vereadores.
O mais complicado será chegar a um consenso já que interesses do poder público, IPHAN e empreendedores estarão envolvidos. O superintendente explicará aos vereadores e à opinião pública quais são os limites dessa modernização de Salvador, que, por ter sido a primeira capital do Brasil e por ter o maior conjunto arquitetônico deixado pelos portugueses, possui características muito peculiares.
Valdenor Cardoso pediu ao superintendente que concentre sua atenção em duas questões que estão causando conflitos entre o IPHAN e empresários (nacionais e internacionais).
A primeira questão refere-se ao projeto do grupo português Imocom, que quer construir um empreendimento hoteleiro na Praça Cayru, ao lado do Mercado Modelo, com investimento de aproximadamente R$ 55 milhões. O obstáculo é que, para erguer o hotel, três dos seis imóveis comprados pelo Grupo deverão ser demolidos, mas o IPHAN reluta em autorizar a obra por considerar que os prédios são históricos.
A segunda questão diz respeito à posição do Instituto sobre o que fazer com o lugar onde existia a Mansão Wildberger, no Largo da Vitória, que foi demolida sem a autorização do IPHAN, por empresários interessados em construir um hotel de luxo na área. (Repórter - Marivaldo Filho)