Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta sexta-feira a denúncia de peculato contra o deputado petista João Paulo Cunha (SP), o empresário Marcos Valério e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. Exceto Hollerbach, o petista, Valério e Paz já eram réus no processo do mensalão.
"Entendo que há substratos probatórios suficientes", afirmou o ministro Ricardo Lewandowski. "Eu fico negativamente impressionado com os desvios aqui relacionados", disse o ministro Carlos Ayres Britto.
Cunha foi acusado de peculato em denúncias relativas ao desvio de R$ 252 mil para proveito próprio. De acordo com relator do mensalão, Joaquim Barbosa, o petista também teria colaborado para o desvio de mais R$ 536 mil em ação com Marcos Valério, Paz e Hollerbach.
Por unanimidade, o STF rejeitou as denúncias de peculato envolvendo Rogério Tolentino, outro sócio de Valério.
Nesta sexta-feira, a Corte já havia acolhido as denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra Cunha. Por unanimidade, o Supremo aceitou ainda a denúncia de corrupção ativa envolvendo Marcos Valério e Cristiano Paz. Mas rejeitou a acusação de corrupção ativa contra Rogério Tolentino.