Sindicatos deverão protestar nesta tarde de sexta-feira
Professores estão realizando zonais nos colégios para discutir Plano de Carreiras (Foto:Arq)
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A proposta do governo do Estado apresentada na Mesa Central de Negociações de antecipar as discussões sobre a campanha salarial do funcionalismo público do próximo ano e encerrar todas as demandas e reivindicações de 2007, na opinião de sindicalistas, sepulta as mesas setoriais de negociações instaladas com incentivo do próprio governo.
Ou seja, fazendários, professores, profissionais de saúde, policiais, etc, que acalentavam alguns ganhos e evolução dos planos de carreiras estão decepcionados com o governo. Os fazendários, por exemplo, estão aguardando uma resposta do governo às suas reivindicações há mais de 60 dias. E, segundo o Sindsefaz, até agora nenhuma resposta positiva foi dada.
A presidente da Fetrab, Marinalva Nunes, demonstrou certa decepção com a proposta do governo. Os fazendários estão se mobilizando na capital e no interior e prometem pralisações relâmpados. Os professores vão realizar uma Assembléia e continuam promovendo zonais para discutir o plano de carreiras. Na segunda-feira, 27, estão programadas mais duas zonais: em São Caetano, no Colégio Dois de Julho; e no Cabula, Colégio Roberto Santos.
O secretário Manoel Vitório, da Administração, pôs uma pá de cal em quaisquer novos ganhos em 2007 atestando que o Estado não pode conceder mais um real, em 2007. À Mesa Central participaram além do secretário de Administração, Manoel Vitório; da Fazenda, Carlos Martins; das Relações Institucionais, Rui Costa; e do Trabalho, Newton Vasconcelos.
Para o deputado Gildásio Penedo (DEM), líder da minoria na Assembléia Legislativa, com essa proposta o governo deu uma rasteira nos servidores públicos.
Na última quarta-feira, representantes de sete sindicatos das empresas descentralizadas foram protestar contra a atitude do governo que, sequer, instalou uma mesa setorial para esse segmento. Agora, o secretário Manoel Vitório deu o recado final: "Cada qual que negocie separadamente com suas empresas".
Em outras palavras, o que algumas sindicalistas temiam poderá acontecer. Esses segmentos marcharem para oposição ao governo.