Secretário diz que vão ser contratados mais 1.300 profissionais de saúde pelo REDA
Secretário Solla, da Saúde, apresentou planilhas com vários novos números (Foto:BJ)
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Em sua exposição na Comissão de Saúde e Saneamento da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, 21, o secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, fez um relato/ diagnóstico da situação em que diz ter encontrado a saúde pública na Bahia, com quase R$200 milhões de débitos, sem cumprir a contra-partida financeira do SUS, com mais da metade de rede privatizada a terceiros, e muitos hospitais funcionando precariamente.
Em seguida, comentou que, "infelizmente, esse quadro (da época do então PFL) a imprensa baiana não destacava", e que, graças ao trabalho que vem desenvolvendo este quadro está se modificando para melhor, com a informatização dos sistemas, reativação dos contratos de manutenção e outros.
Adiante, Solla listou uma série de iniciativas que está tomando à frente da pasta, dinamizando-a. Ampliação da rede de farmácias populares com duas novas instaladas e mais 17 previstas; recriação da Bahiafarma; implantação do projeto medicamentos em casa; instalação do Hospital da Criança, em Feira de Santana (previsto para 2008); reforma do Clériston Andrade (em andamento); Regularização de 6 hospitais no Qualisus; ampliação do Samu 192 para o interior; Hospital Litoral Norte (a ser implantado com convênio com Prefeitura de Camaçari); internação domiciliar (em processo).
Depois, o secretário abordou as questões da vigilância sanitária, a campanha de sarampo que a Sesab realizou no primeiro trimestre deste ano, a meningite menigocócita (não existe epidemia) e o surto de meningite viral.
QUESTÃO DE ORDEM
A essa altura, depois de uma hora de exposição, o deputado Gildásio Penedo, líder da minoria, pediu uma questão de ordem e interrompeu a fala do secretário alegando que ele fora convocado para dar explicações sobre o caos na saúde, "mas até o momento está apenas fazendo um balanço", e, entendendo que se tratava de uma convocação e não de uma audiência pública, o secretário deveria, isso sim, responder os questionamentos sobre o caos na saúde.
Às 11h15min, com o plenarinho tomado por funcionários da SESAB, muitos deles ostentando crachás, a convocação foi transferida para o plenário, quando o líder do governo, Valdenor Pereira, considerou que o espaço era pequeno e o secretário, de acordo com o regimento da casa, poderia fazer a sua exposição até o final, e só depois (ou no meio da exposição) respondesse aos questionamentos da oposição.
NO PLENÁRIO
No plenário, com a comissão sendo presidida pelo deputado Javier Alfaia, o secretário continuou sua exposição e falou da amplicação dos serviços no Hospital Roberto Santos, da capitação de recursos junto ao governo federal, e respondeu que não faltam médicos enumerando que nos hospitais (sem citar os números do médicos e só falando nos plantões médicos), os dados são os seguintes:
No HGE teria saído de 665 plantões médicos em janeiro/07 para 684 em julho/07; no H. Ernesto Simões Filho de 276; para 309, em igual período; no HGRS (Roberto Santos), de 2175; para 2.324; no HCM (Couto Maia) de 65 para 75; no HMV (Manoel Vitorino) de 652 para 660; no Prado Valadares (Jequié) de 145 para 194; no Luis Viana (Ilhéus) de 400 para 860; no Base de Conquista de 143 para 228; no Clériston Andrade, de Feira de Santana, de 1406 para 1938; no de Cajazeiras (Salvador) de 250 para 267; no de Plataforma (Salvador) de 55 para 69.
O ESSENCIAL
Os deputados da oposição não entenderam porque esses plantões teriam sido ampliados, mas o número de mortes nos hospitais aumentou. Segundo o deputado João Carlos Bacelar (Dem) os números apresentados por Solla são fantasiosos. O deputado Álvaro gomes, do PC do B, acha que não. "Os números são uma nova realidade para a saúde na Bahia", frisou defendendo o governo.