O prefeito falou nesta manhã de segunda feira na Nova Salvador FM
Prefeito não poupou nem governo João Durval e diz que turismo tem 30 anos de decadência (Foto:G)
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Em entrevista a Rádio Nova Salvador FM nesta manhã de segunda-feira, 20, o prefeito João Henrique (PMDB) disse que se "não houver sabotagem do fogo amigo", ao que se entendeu, por parte de integrantes do PT, vai inaugurar o Metrô de Salvador, em 2008.
Questionado pelo apresentador do programa, Marcos Medrado, se suas declarações se referiam aos aliados do seu governo (PT, PCdoB, PSB, PMDB) mudou de enfoque e deslocou o foco da conversa para o PDDU, projeto que enviou à Câmara de Vereadores em caráter de urgência e justificou: "Se estão boicotando o PDDU, a mesma coisa pode acontecer com o metrô".
O prefeito ainda tentou nova explicação ressaltando que tem o apoio do presidente Lula da Silva, a propósito, o mesmo dirigente que criticou, recentemente, no lançamento do projeto da via expressa da Paralela, financiado pelo Ministério das Cidades. Crítica, na oportunidade, extensiva também ao governador Jaques Wagner.
Segundo o prefeito, quando enviou a revisão do projeto do PDDU à Câmara a municipalidade já tinha realizado 64 audiências públicas, inclusive nas ilhas e essa documentação está aí para quem quiser ver. Enquanto isso, destacou, no "governo passado com oito anos a administração só realizou uma audiência pública, inacabada, e mesmo assim enviou o projeto do PDDU à Câmara e este foi aprovado".
CONFUSO
A entrevisa do prefeito foi bastante confusa e este não perdoou sequer seu pai o então governador João Durval, ACM, César Borges, Paulo Souto, Mário Kértesz, Fernando José, Lídice da Mata, Antonio Imbassahy, ressaltando que a cidade vive uma uma crise sem precedentes em sua história "porque há 30 anos de decadência do turismo, numa ação criminosa com a cidade".
Segundo João Henrique esses governantes deslocaram o turismo para outras localidades do Estado e deixaram Salvador a míngua. "Salvador hoje não tem um resort e vive nessa dependência crônica com o governo do Estado, porque não investiram nossa vocação econômica que é o turismo" - afiançou.
Falando dados imprecisos o prefeito destacou que Salvador é a "capital nacional do desemprego" (a pesquisa do IBGE só é realizada em seis regiões metropolitanas), disse que os reajustes das passagens dos ônibus em Salvador ocorriam de 6 em 6 meses (rebatido na hora por Marcos Medrado, como uma inverdade), que a capital atendia nos seus postos de saúde 415 municípios do Estado (informação inverídica) e que, a revisão do PDDU definirá uma política de auto-sustentabilidade de Salvador por 30 anos (informação imprecisa).
É COM GOVERNO FEDERAL
OU O ESTADUAL
Sempre que as perguntas eram relacionadas com segurança, saúde, empregos, transferia a responsabilidade para os governos federal ou estadual. "Não somos uma Prefeitura do Estado e sim da cidade do Salvador, daí que somos cobrados por coisas que não são de nossa responsabilidade".
Sobre a mensagem que enviou à Câmara propondo a implantação de um hotel de 18 andares no terreno do antigo Clube Português da Bahia preferiu não responder, assim como não respondeu sobre o reajuste de tarifas para os táxis, alegando que o turismo com a crise aérea teve uma queda de 50% em Salvador, na atualidade (baixa estação).