Waldir diz que é preciso acabar com esse preconceito da idade e sente-se útil
Entrevistado esta semana numa emissora de rádio, em Salvador, o ex-ministro Waldir Pires disse que o fato dele ter 80 anos de idade não pesou em sua saída do Ministério da Defesa. O ex-governador baiano ficou chateado em não poder concluir sua missão no MD destacando que não faltou comando de sua parte.
Mas, justificou que, de fato, não tinha poder no MD e teve de agir de acordo com a lei. "O presidente Lula não me delegou poderes", então, todo meu objetivo foi no sentido da construção, "de construir uma relação de defesa na América Latina.
Sobre seus 80 anos de idade e o que vai fazer daqui pra frente na política baiana, Waldir disse: "É uma coisa terrível. Me sinto útil vou seguir meu caminho". Em seguida, destacou que passando os olhos numa das estantes de sua biblioteca deparou-se com o livro, o romance a Moreninha, de Manoel Joaquim de Macedo, um clássico da literatura, no qual, um casal faz jura-se de amor até a morte.
Pois dito; um deles adoece e o autor descreve que o ancião nos seus 50 anos à beira da morte, ao lado da mulher amada. Depois, Waldir citou Honoré de Balzac que se imortalizou ao relatar as mulheres de trinta anos como "balzaquianas" (coroas). Daí, afirmou Waldir, os tempos hoje são outros e uma mulher de 30 anos é considerada jovem, assim como um homem de 50.
- Eu nos meus 80, sem preconceitos, vou continuar na luta. Vou lutar sempre contra a exclusão. Nunca fiquei em cima do muro para nada.
Sobre o ex-senador ACM confidenciou que sempre "fomos adversários, ele com praticando um velho estilo, do clientelismo, e eu agindo em atenção as liberdades". (TF)