- Nós não concordamos em não obstruir. Na verdade, o acordo que foi feito hoje vai até a realização das audiências públicas, na próxima quarta-feira. Não há nada acordado para a discussão do relatório, que deve começar na quinta-feira - frisou o vice-líder dos Democratas.
O deputado Paulo Bornhausen disse ainda que ficou "chocado" com a declaração de Eduardo Cunha, sobre a possibilidade do relator da Comissão Especial apresentar seu parecer diretamente no plenário da Câmara.
"Isso seria um golpe e, se acontecer, a oposição, os Democratas, vão receber o gesto como uma declaração de guerra. O assunto é muito grave, interessa a todo o país, para ser tratado com manobras golpistas", reagiu Bornhausen.
Para o deputado, o que "Eduardo Cunha quer, agora que o presidente Lula nomeou seu protegido para Furnas, recuperar o tempo que ele perdeu fazendo chantagem com o governo." Paulo Bornhausen ressaltou que a oposição está fazendo "o mais limpo jogo político em relação à proposta do governo de prorrogar a CPMF".
- Esperamos que os partidos da base do governo ajam com a mesma decência. Mas, não ficaremos quietos ante a essa ameaça de golpe - finalizou Paulo Bornhausen.