A reunião se transformou num tremendo barraco
As informações vão chegando, aos poucos, à imprensa, sobre a saída do secretário Nestor Duarte Neto da Prefeitura do Salvador.
Nesta sexta-feira, 11, o prefeito João Henrique convocou uma reunião com o secretariado.
Iniciada a reunião, o prefeito disse que havia recebido muitas críticas da imprensa baiana e que, ninguém tinha lhe defendido.
Depois, foi fazendo comentários sobre a atuação dos secretários, pasta por pasta, inclusive com críticas duras a alguns deles.
Quando chegou no momento de Nestor Duarte Neto, áreas do Transporte e da Infra-Estrutura, o prefeito ao comentar o desempenho do secretário este levantou a voz e contestou: "Alto lá. Chega de aturar esse seu tipo de postura".
Houve, então troca de apupos, cada parte levantando a voz em seu tom, Nestor disse que não aceitava nenhum dos argumentos do prefeito, fez duras críticas ao seu comportamento político camaleão e retirou-se da reunião.
Nesse impulso teria esquecido o celular e papéis sobre a mesa e mandado o prefeito a p...
Ou seja, o que seria uma reunião se transformou num grande barraco.
SECRETÁRIO DA
FAZENDA
Está semana, tentanto acalmar a situação política, uma vez que é exigência do ministro Geddel Vieira Lima as pastas comandadas por Nestor Duarte Neto, João Henrique ofereceu a Nestor para sua escolha as secretarias da Fazenda ou do Governo.
Nestor, então, afirmou ao prefeito que não aceitava nem uma; nem a outra.
ENTENDA O
CASO
No mês mês de abril, o prefeito João Henrique (PDT) procurou o governador Jaques Wagner (PT) e manifestou seu desejo de ingressar no PT, em primeira instância; ou no PMDB, em segunda instância.
O governador disse ao prefeito que consultaria o partido.
Consultado o PT, a direção entendeu que o prefeito poderia até ingressar no partido, desde que entrasse na fila dos candidatos a candidato a prefeito.
A rigor, foi um veto indireto.
João, então, decidiu ingressar no PMDB e anunciou sua intenção à imprensa. Antes, enviou seu secretário particular a BSB, Ricardo Araújo, para conversar com Geddel Vieira Lima e fazer os acertos políticos.
Geddel disse a imprensa que não queria nada em troca do prefeito. Mas, nos bastidores, exigiu as secretarias comandas por Nestor e mais o Planejamento e a Sucom.
O prefeito, novamente, fez uma consulta a Geddel (sem aviso a Nestor) se o ministro toparia o ingresso de Nestor no PMDB. Geddel além de dizer não, divulgou o fato a imprensa.
Nestor não gostou e mandou uma carta a Geddel, chamando-o de virafolha contumaz.
O prefeito, esta semana, retornou a Brasília e Geddel disse: ou as secretarias de Nestor ou nada. João as deu.
Ainda ofereceu a Fazenda e o Governo a Nestor, mas, este não aceitou.
Hoje, Nestor mandou o prefeito às favas.