PMDB cria impasse a ser resolvido pelo prefeito João Henrique
Pelo menos o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, foi sincero: não quer Nestor Duarte Neto (PSDB) de volta ao PMDB e deseja a Secretaria de Infra-Estrutura da Prefeitura na conta do seu partido, na transição do prefeito João Henrique, do PDT para o PMDB.
Foi claro, objetivo e meridiano e deixou a bola com o prefeito. Ele que resolva onde colocar Nestor, se o deseja ainda em sua administração, e também se Duarte Neto gostaria de ser transferido, assim como aconteceu com Arnando Lessa, para uma secretaria que não tem orçamento e é um faz de conta.
João Henrique está com esse pepino nas mãos uma vez que, ao longo de sua administração, Duarte Neto se constituiu num dos secretários mais próximos dele, foi o que esteve ao seu lado nos momentos mais dramáticos da administração (reajuste dos preços dos ônibus, por exemplo) e conta com essa conciliação entre um provável retorno de Nestor ao PMDB, brecado por Gedell.
Mas, segundo o deputado Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) o projeto do prefeito é pessoal, doméstico, familiar, Nestor que põe suas barbas no molho.
O ministro Gedell tem uma vantagem no mundo da política em relação a outros tantos políticos no sentido de que fala diretamente às questões, sem rodeios. Coisa, aliás, que não aconteceu PDT.
O prefeito não teu a mínima ao PDT, fez de conta que o PDT não exista, até hoje não mandou uma carta oficializando sua saída do partido mesmo já anunciando em coletiva seu ingresso no PMDB, e a Executiva se reúne e diz que é assim mesmo, que não haverá revanchismo, tudo como o prefeito deseja.
Agora, resta saber o que acontecerá na reunião da executiva do PSDB, dia 14 de maio próximo. Ou o PSDB abre o olho ou também será engolido pelo prefeito.