A política está sendo decidida na Justiça
A política saiu do Congresso Nacional para o Supremo Tribunal Federal. Até nisso o Brasil está se tornando um país diferente do restante do mundo.
Nesta quarta-feira, 25, ministro do STF, a unanimidade votaram pela instalação da CPI do Apagão na Câmara dos Deputados. O primeiro a recomendar a instalação foi o ministro Celso de Mello, relator do mandado de segurança ajuizado pela oposição que pede a criação da CPI na Câmara.
"Tinha razão o presidente da Câmara [Arlindo Chinaglia (PT-SP] quando comunicou a formal criação da CPI. Esse ato da presidência, que veio a ser invalidado, deve ser restaurado para permitir a imediata instalação da CPI em questão", disse Mello.
No final de março, Mello determinou o desarquivamento do pedido de criação da CPI. No entanto, ele deixou para o plenário STF decidir sobre a instalação da comissão.
Mello seguiu o mesmo raciocínio do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que voltou a defender hoje a instalação da CPI. Para ele, Chinaglia não deveria ter acatado o recurso do PT contra a instalação da CPI. É que Chinaglia já havia lido o requerimento que determinava a instalação da CPI --o que inviabilizava o recurso do PT.
CPI NAS
DUAS CASAS
Com a decisão do STF, as causas do apagão aéreo podem ser investigadas em duas Casas: na Câmara e no Senado. É que a oposição também conseguiu protocolar um pedido de criação da CPI do Apagão no Senado.