A entrevista foi dada do jornal A Tarde, nesta terça-feira.
Circularam conversas nos meios políticos do PT de Salvador repassadas no final da tarde à imprensa de que a entrevista do ministro Geddel Vieira Lima, ao jornal A Tarde, hoje, destacando que "o que eu disse ao prefeito é que, se o PT vai fazer plebiscito para ver se o aceita ou não, o PMDB está de portas abertas", não foi bem absorvida devido ao inusitado da declaração.
Destacam que o ministro foi longe demais ao relacionar o comportamento do PT diante da possibilidade de ingresso do prefeito no partido, uma vez que a solicitação para tal atitude partiu do prefeito ao governador Jacques Wagner, e não o contrário. Daí que, entendem esses petistas, Geddel pode até abrir as portas para o prefeito, mas, deve abstrair-se das questões internas do PT.
Além disso, admitem que se Geddel é partidário do governador Wagner e recebeu o seu apoio para ser ministro de Estado, embora tenha sido preferencialmente uma cota do PMDB, cabe união entre as partes e não esse tipo de comportamento.
OPINIÃO
BAHIA JÁ
Esse é um assunto que ainda vai dar muitos panos para mangas, uma vez que a tendência do prefeito é mesmo ingressar no PMDB.
O PT já anunciou que João Henrique pode até ir para este partido, mas, não como preferencial para ser o candidato a prefeito, em 2008.
Como Geddel já disse que vê JH como candidato natural à reeleição, esteja onde ele estiver, o prefeito certamente optará por esse caminho.
Quanto ao PDT, o prefeito perdeu o apreço por esse partido, fez a consulta ao governador Wagner sem dar bolas ao presidente regional dos brizolistas baianos, deputado federal Severiano Alves e certamente vai ser nessa direção.
Vale também salientar que Geddel Vieira Lima, tradicionalmente, cobra participações maiores nos governos que se aproximam do PMDB. Daí que o ingresso do prefeito nesse partido, além do reforço natural da legenda e do horário da TV visando a eleição 2008, haverá uma contrapartida.