Política

CPI DA EBAL: DEPOIMENTO DE REUB ACRESCENTOU POUCO AO QUE JÁ SE SABIA

A situação gostou do depoimento; a oposição, também
| 18/04/2007 às 16:35
   O depoimento de Reub Celestino na CPI da EBAL, nesta quarta-feira, 18, pela manhã, na Assembléia Legislativa, acrescentou pouca coisa de novo ao que já se sabia a respeito da controladora da Cesa do Povo. 

   Foi um depoimento bastante técnico confirmando o débito de R$305 milhões, dos quais, R$84 milhões com fornecedores, e a maioria com passivos trabalhistas ainda não tramitado e julgado, e revelações de má gestão. Também comentou o que os deputados e a opinião pública já sabiam de que a Cesta do Povo era gerida com despesas menores do que faturamento, modelo, portanto, não profissional.

   A rigor, o depoimento agradou tanto a oposição; quanto a situação. O deputado Artur Maia, presidente da Comissão e da base aliada do governo fez alguns questionamentos, prontamente respondidos por Reub, mas, em nenhum momento o presidente da EBAL disse que se registrou corrupção ou roubo na administração anterior. Maia ainda acha cedo para fazer comentários, porém, gostou do depoimento.

   Para o deputado Heraldo Rocha (DEM), líder da bancada da oposição, Reub se comportou como técnico e esquivou-se de questionamentos de natureza política. Ainda assim, Heraldo achou estranho as declarações de Reub sobre o "grande produto" que considera a Cesta do Povo, tão bom, que, segundo o presidente da EBAL "é notícia e não precisa de propaganda".

   Heraldo considerou contraditórias essas declarações de Reub uma vez que a Cesta do Povo voltou a investir alto em propaganda, ainda com a rubrica emergencial, e já investiu (por enquanto) R$25 milhões do tesouro para reabrir algumas lojas. Para Heraldo Rocha, a Cesta do Povo é uma espécie de Banco Social. E, como tal, vai sempre precisar de aporte do caixa do governo.