O presidente lembrou que no Supremo Tribunal Federal (STF) ele sustentou que "a Constituição Federal e a legislação de regência sempre estiveram em vigor e, portanto, o pronunciamento devia pegar o mandato como um todo, pegar a legislatura, mas vamos esperar. A ordem natural das coisas direciona, de qualquer forma, à data única. Hoje a resposta é uma extensão".
Segundo o ministro, "o STF considerou a necessidade de se viabilizar o direito de defesa e aí teremos a disciplina mediante Resolução do TSE do processo administrativo de justificação de abandono da sigla".
E concluiu: "O ministro Cezar Peluso, que é o relator da Resolução já está com esboço do projeto e nós estaremos a apreciar o tema já na próxima semana".
CASOS DA
BAHIA
Nos dois casos envolvendo políticos baianos, o senador César Borges (trocou o DEM pelo PR) e o prefeito de Salvador, João Henrique (trocou o PDT pelo PMDB) os representantes dos partidos originais, DEM e PDT, já se manifestaram que irão impetrar mandados de segurança para reaver os mandatos, caso a Resolução do TSE considere a data de 27/março/2007, como limite, a exemplo do que aconteceu com os deputados.
Existem várias interpretações de juristas sobre a questão. O senador César Borges e o prefeito João Henrique estão preocupadíssimos, o que é natural numa situação dessa natureza. Uma pergunta que tem sido feita é quem assumiria o mandato de João Henrique caso ele seja afastado do poder, uma vez que seu vice-prefeito pertence ao PSDB, portanto, outro partido que não o PDT.
No caso de César, a situação é mais simples, uma vez que seu suplentes era do mesmo partido (PFL na época), salvo melhor juizo, Djalma Bessa.