Cultura

CINECLUBE GERASOL ENCERRA TEMPORADA 2025 COM HOMENAGEM A LENÇÓIS


Conceição Senna, diretora de Brilhante, resgata e amplia a narrativa iniciada por seu companheiro, Orlando Senna, em Diamante Bruto. A
DP , Salvador | 02/08/2025 às 14:34
HOMENAGEM A LENÇÓIS
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O Cineclube GeraSol chega à sua última sessão de 2025 celebrando um ciclo de encontros marcados pela arte, pelo afeto e pela valorização do cinema nacional. Criado em 2019 pela cineasta Sol Moraes e produzido pela Araçá Filmes, o projeto renasceu este ano com uma nova fase vibrante, reafirmando seu compromisso com a formação de públicos e a criação de espaços de escuta e trocas significativas. Mais do que uma simples exibição de filmes, o GeraSol se consolidou como um ponto de encontro cultural, onde as histórias ganham corpo através das telas, das vozes e das memórias compartilhadas.

Como contrapartida do Festival Os Filmes que Eu Não Vi, o retorno do cineclube promoveu sessões mensais gratuitas até agosto de 2025, sempre na Sala de Cinema Walter da Silveira, em Salvador. A cada mês, obras do cinema brasileiro foram redescobertas, acompanhadas por debates, atividades formativas e a presença de realizadores. Agora, para encerrar essa temporada especial e emocionante, o Cineclube presta uma homenagem à cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina, reconhecendo a força criativa de seus artistas e o papel transformador do audiovisual no território.
O encontro final está marcado para este sábado, 02 de agosto, a partir das 15h, na Sala Walter da Silveira (subsolo da Biblioteca Pública da Bahia, nos Barris), com uma programação diversificada e aberta para todas as idades.

Programação completa:
Sessão Infantil – 15h
A tarde começa com contação de histórias conduzida por Danielle Andrade, seguida da exibição de curtas infantis realizados durante Oficinas de Cinema Infantojuvenil em Lençóis, além do curta Cordilheira de Amora II, de Jamille Fortunato – uma viagem poética que revela os mundos imaginários das crianças.
Sessão Geral – 17h30
A sessão noturna mergulha na produção audiovisual contemporânea de Lençóis, com três filmes potentes:
• Benção, de Mamirawá e Tainã Pacheco
• Dona Lili, de Michele Nascimento
• Brilhante, documentário de longa-metragem dirigido por Conceição Senna
As diretoras dos curtas estarão presentes para um bate-papo com o público sobre o fazer cinematográfico no interior da Bahia e os desafios e potências da criação coletiva.

Brilhante é um emocionante reencontro com a história da cidade. Filmado 20 anos após o emblemático Diamante Bruto (1977), de Orlando Senna, o documentário investiga os impactos sociais e culturais que a produção cinematográfica teve em Lençóis. Com relatos de moradores, o filme reconstrói o processo de transformação de uma cidade que, da decadência econômica ao reconhecimento cultural, descobriu no cinema um novo horizonte.

Sobre os realizadores:
Mamirawá é uma multiartista entrelaçada entre a fotografia e o cinema. Nascida em Garanhuns (PE) e criada em Lençóis, tem sua trajetória marcada por projetos comunitários como o Grãos de Luz e Griô. Sua obra retrata, com sensibilidade, a ancestralidade, a resistência e os saberes do sertão.

Tainã Pacheco é produtor audiovisual, técnico de som e diretor. Natural de Lençóis e graduado pela UFBA, atua em diversas frentes do audiovisual independente e já participou de projetos exibidos em festivais de destaque. É fundador da RECAN Produções.

Michele Nascimento apresenta em Dona Lili um retrato afetuoso de sua avó: servidora pública, católica, artista, mãe, avó e figura marcante na cidade. Através de imagens de arquivo e cenas encenadas, o curta traça uma homenagem íntima e universal.

Conceição Senna, diretora de Brilhante, resgata e amplia a narrativa iniciada por seu companheiro, Orlando Senna, em Diamante Bruto. Atriz do longa de 1977, ela transforma o reencontro com os moradores de Lençóis em um gesto de memória, cinema e pertencimento.

A sessão é gratuita e faz parte do projeto contemplado pelos Editais Paulo Gustavo Bahia, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura – Governo Federal.
Onde: Sala de Cinema Walter da Silveira (Subsolo da Biblioteca Pública da Bahia - Rua General Labatut, 26, Barris)